Impactado pelo aumento de preços da carne e da energia elétrica, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial, ganhou força de dezembro de 2014 para janeiro de 2015, passando de 0,79% para 0,89%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa é a maior taxa mensal desde fevereiro de 2011, quando ficou em 0,97%.
Com isso, o IPCA-15 acumulado em 12 meses está em 6,69% – acima do teto da meta de inflação do governo. O resultado superou a variação registrada em 2014, de 6,46%. Em janeiro de 2014, o indicador havia avançado 0,67%.
A maioria dos grupos de despesas pesquisados pelo IBGE mostrou preços maiores emrelação a dezembro. O que mais pesou para o avanço do índice em janeiro foram os alimentos e bebidas, cuja variação foi de 1,45%. Ficaram mais caros as carnes (3,24%), a batata-inglesa (32,86%) e o feijão carioca (24,25%).
Também exerceu impacto no IPCA-15 o custo da energia elétrica, que subiu 2,6%. "À exceção da região metropolitana de Fortaleza (-4,82%) e de Salvador (-1,91%), cujas contas tiveram queda na parcela referente ao PIS/COFINS, as demais apresentaram alta, com destaque para Porto Alegre, que chegou a 11,80% tendo em vista o reajuste de 22,41% em uma das concessionárias desde 8 de dezembro", diz o IBGE em nota.
Dentro dos gastos com habitação, que subiram 1,23% e do qual a energia elétrica faz parte, ainda mostraram avanços as variações de aluguel residencial (1,26%); mão de obra para pequenos reparos (0,95%); condomínio (0,81%); e taxa de água e esgoto (0,77%).