As investigações sobre o desaparecimento do adolescente Davi da Silva, de 17 anos, estão perto de um desfecho. A comissão de delegados designados para cuidar do caso deve indiciar quatro militares do Batalhão de Polícia de Radiopatrulha, que estavam na viatura no dia do ‘sumiço’ do adolescente.
De acordo com o coordenador da delegacia de homicídios, José Carlos André dos Santos, a comissão está esperando apenas algumas provas técnicas que ainda faltam chegar, mas o caso já está praticamente concluído. “Já temos uma parte das provas e estamos esperando outras, que são provas mais acessórias. Acredito que concluímos em três semanas”, disse.
De acordo com as provas coletadas até agora, a polícia acredita em homicídio, já que – mesmo sem a confissão dos policiais envolvidos, segundo o delegado e sem corpo – “não há nenhum elemento que leve a polícia a acreditar que o adolescente esteja vivo”.
O delegado José Carlos André dos Santos explicou que, recebidas as provas que faltam, a comissão vai preparar a parte jurídica do caso, ou seja, decidir a qualificação do crime.
“Eles serão indiciados por homicídio, mas como não há corpo, vamos nos reunir e nos debruçar sobre o caso e estudar a parte jurídica, para fechar a qualificação do crime e remeter à justiça”, explicou.
Davi da Silva desapareceu há cinco meses, segundo testemunhas, após ter sido abordado por uma viatura da Radiopatrulha, no Conjunto Cidade Sorriso I, no complexo do Benedito Bentes.