A família Silveira, uma das mais tradicionais na história circense no Nordeste brasileiro, está sendo tema de uma pesquisa documental que poderá vir a ser publicada em breve, com apoio da Fundação Nacional de Artes (Funart).
A responsável pelo recolhimento destas informações é uma das maiores autoridades do país na Arte do Circo, Verônica Tamaoki. Ela está em Arapiraca pegando depoimentos dos que frequentaram o saudoso Circo Mágico Nelson.
Os intermediadores deste contato são o filho de Nelson, o estimado ator e palhaço Teófanes Silveira, o “Biribinha”, e a neta Helga Silveira, que atua na Secretaria Municipal de Educação (SME).
Nesta sexta-feira (23), Verônica Tamaoki está convocando todo o público que viveu momentos de alegria e comungou dos sentimentos externados no Circo Mágico Nelson para um bate-papo aberto e para que as experiências sejam compartilhadas, ajudando assim ainda mais em seu objeto de pesquisa.
O encontro será a partir das 19h30, na Escola Municipal de Circo, situada no Bosque das Arapiracas, bairro de Santa Edwiges.
“É muito importante este contato com as pessoas que puderam assistir e presenciar toda a beleza daquele ambiente artístico. Precisamos preservar esta memória da família Silveira”, diz ela, que é coordenadora do Centro de Memória do Circo, em São Paulo.
Já nesta semana, a estudiosa começou a colher depoimentos de figuras ilustres que foram público ou encantaram por décadas o circo em questão, como o artista plástico José de Sá, que pintava os cenários no picadeiro; o radialista comendador Isve Cavalcante, o qual fazia sonoplastia dos espetáculos melodramáticos; e o casal Baiano e Baianinha, que encantava o público com sua cantoria caipira, por exemplo.