Verão: a estação mais quente do ano. Com as altas temperaturas é inevitável o consumo elevado de líquidos e alimentos para a hidratação do corpo. Mas nem por isso os cuidados e a atenção com a qualidade das bebidas e comidas devem ficar em segundo plano.
Maceió tem sido um dos destinos turísticos mais procurados entre as capitais litorâneas do Brasil. E com o grande número de pessoas circulando pela cidade, as férias são um período ideal para a venda de lanches e, até, refeições caseiras na praia. Mas como anda o armazenamento e o preparo desses alimentos?
Paulo Bezerra, diretor de Vigilância Sanitária Estadual alerta para os perigos e cuidados com o consumo dos alimentos perecíveis como carnes, queijos, salgados, e até das bebidas alcoólicas. “Na praia, em nossa cidade, o contato com o alimento e o dinheiro pela mesma pessoa gera seis vezes mais perigos de contaminação do que em países desenvolvidos”, alerta.
Gelo, acarajé, camarão, ovos cozidos e amendoins podem ser perigosos à saúde do consumidor. “O óleo, por exemplo, deve ter consistência amarelada. Aquele óleo preto é indício de que está sendo utilizado há bastante tempo, e pode conter substâncias cancerígenas”, exemplificou Paulo Bezerra.
A dica do diretor estadual é perguntar e observar o estado de conservação dos alimentos. Segundo ele, as frituras, por exemplo, devem ser consumidas no mesmo dia. Já as latas devem ser lavadas e armazenadas em gelo escamados, além de não se consumir cervejas quentes e refrigerantes. “Temos a água de coco e a água natural. Refrigerante não mata a sede, e ainda pode ser um perigo quanto à fermentação, em especial, para crianças, com isso os cuidados devem ser redobrados”, disse.
Maria Géssima, aposentada, está em férias em Maceió. Natural de Brasília com três filhos menores de idade, ela aproveitava o dia de sol comprando bebidas a um ambulante na Pajuçara. Segundo ela, observar se o alimento tem uma boa coloração é uma de suas táticas para decidir pela compra do alimento na praia.
Em restaurantes, o ideal é dar uma olhada nas lixeiras, que devem estar devidamente tampadas. Também é preciso checar se os banheiros estão limpos e, se possível, ver a situação da cozinha. Dependendo do estado de limpeza do local, é possível ter uma ideia de como a comida é preparada.
“Lavar as mãos e secá-las corretamente é outra dica indispensável”, concluiu Paulo Bezerra.
Fiscalização
Equipes da Vigilância Sanitária Estadual estão em contato com as equipes dos municípios para a fiscalização durante o período do Carnaval.