Um incêndio iniciado na manhã da terça-feira, 21 de dezembro, atinge o Lixão municipal, localizado na Fazenda Frios, zona urbana de União dos Palmares, e está causando inúmeros transtornos aos moradores de bairros próximos ao local.
A fumaça tóxica produzida pela queima de inúmeros resíduos que são depositados diariamente a céu aberto atormenta moradores próximos ao local, como também quem reside distante, pois tem momentos que os fortes ventos espalham a fedentina por vários pontos da cidade.
Em pleno domingo de Natal, moradores da região sofreram com a fumaça liberada pela combustão dos resíduos; o fato se repete no início do período seco, entre novembro e janeiro.
Em 2010, o Lixão começou a queimar em novembro e se estendeu até janeiro, sendo necessário acionar o Ministério Público. Depois de várias reuniões ficou definida a criação de um consórcio intermunicipal para a criação de aterros sanitários nas regiões dos vales do Mundaú e Paraíba.
Um morador, que não quis se identificar, questiona as autoridades locais, qual o empecilho em apagar esse incêndio pois, segundo ele, a situação é uma questão de saúde pública.
“O mundo todo se preocupa com os impactos ao meio ambiente, porém, aqui, o assunto parece não funcionar”, desabafou. O morador pergunta se o gestor municipal não teria condições de providenciar três carros-pipas para apagar esse incêndio.
“Parece-me um descaso”, disparou, perguntando sobre a atuação do Ministério Público frente a essa situação.
Em entrevista no dia 26 de dezembro de 2011, concedida à Rádio Zumbi FM, o secretário de Meio Ambiente, Manoel Bernardo, ao ser questionado sobre a situação em que se encontra o Lixão disse que não há fórmula mágica para se acabar com esse problema. Maninho, como é conhecido o secretário, “jogou” a responsabilidade à natureza para apagar o fogo.
”Se chover até quarta-feira, 28, como prever a meteorologia, a situação será amenizada”. Ele acrescentou ainda que “caso não chova iremos acionar o Corpo de Bombeiros da capital, pois o veículo que dispomos não é equipado para fazer esse tipo de serviço”, concluiu o secretário.
Enquanto a chuva não cai, toneladas de resíduos queimam noite e dia prejudicando a natureza e a saúde de milhares de palmarinos que estão de mãos atadas, pedindo clemência a São Pedro que a chuva caia, para que as pessoas possam respirar um ar um pouco mais puro.