Caso Nivaldinho: acusados pelo crime são procurados pela polícia

Reprodução/PC/AL

Roosvelt Santos filho

Depois de esclarecer que o atentado sofrido por Nivaldo de Albuquerque Neto, 24, filho do deputado estadual Antônio Albuquerque, foi uma tentativa de latrocínio, a polícia agora trabalha em busca dos cinco acusados de participação direta no crime, que estão foragidos.

Para ajudar nas buscas, a Polícia Civil divulgou as imagens dos acusados, identificados como Anderson Tavares, o “Galego”, que teria sido o autor dos disparos contra Nivaldinho; José Francisco da Silva, conhecido como “Olho de Burra”; um adolescente de 17 anos, o “Satanás”; Roosvelt Santos Filho e o taxista que deu cobertura ao grupo, Josimário Francisco de Farias.

O delegado-geral da PC, José Edson solicita que quem tiver informações sobre algum dos envolvidos deve ligar para Disque Denúncia da PC: 0800-284-9390. O anonimato será mantido.

Prisões

Na tarde desta sexta-feira, 10, quatro integrantes da quadrilha foram apresentados à imprensa na sede da Polícia Civil de Alagoas, em Jacarecica, e todos negaram qualquer participação nos crimes cometidos pelos foragidos.

José Vicente da Silva, Leonilda Maria da Conceição, Maria das Dores Bezerra e José Miguel dos Santos, respectivamente sogros, esposa e tio de um dos foragidos, foram presos em uma residência no assentamento Boqueirão, em Arapiraca. Lá, a polícia encontrou munições, um fuzil, quatro pistolas e vários objetos roubados, como jóias e computadores portáteis

“Eu não sabia de nada, nem desconfiava. Quando eu via as coisas que eles traziam para casa, achava que tinham comprado”, contaram José Vicente e Leonilda Maria, sogros de José Francisco de Farias e proprietários da residência onde o material apreendido foi encontrado.

Já José Miguel disse aos jornalistas que é vizinho da família e que só foi preso porque, no momento do flagrante, estava visitando o casal: "Não tinha nada na minha casa. Não tenho nada a ver com isso tudo".

Abalada, a esposa de José Francisco, Maria das Dores, 30, também negou que soubesse que o marido praticava assaltos. “Só fiquei sabendo quando achei o material na casa da minha mãe, até então não desconfiava", relatou.

Ela disse que, no dia do assalto na fazenda, o marido chegou em casa agitado e disse "Maria, o Anderson atirou no filho de um rico. A gente está correndo risco’ “, contou, afirmando que o grupo só soube de quem se tratava após o crime, devido a repercussão.

Durante entrevista à imprensa, Maria chorou, negou saber onde o marido está escondido, mas, fez um apelo a ele e aos comparsas. “Eu peço por-favor que eles venham pagar o que fizeram. Tenho um filho de dez anos para cuidar e preciso voltar para casa”.

A acusada disse que José Francisco, com quem é casada há dez anos, era mototaxista e, somente há uns quatro meses, quando conheceu Anderson, entrou para o mundo do crime.