Ex-policial acusado de matar Eliza Samudio sofre enfarte

Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, foi levado para unidade de saúde depois de sentir-se mal na madrugada desta sexta-feira, em Minas Gerais.

O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, um dos acusados de participar da trama de assassinato da jovem Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes de Souza, de 26 anos, passou mal na madrugada desta sexta-feira na cela da Penitenciária Jason Soares Albergaria, na cidade de São Joaquim de Bicas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Com suspeita de um princípio de enfarte, ele foi levado às pressas para uma Unidade de Atendimento Imediato (UAI) Sete de Setembro, em Betim, e aguarda transferência para o hospital regional da cidade.

A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) informou que por volta de 1h Marcos Aparecido começou a sentir mal. Queixando de falta de ar e dores no peito, Bola pediu ajuda aos agentes penitenciários, que o socorreram e o levaram para atendimento na policlínica da unidade prisional. Após consulta, ele foi encaminhado para a unidade de saúde em Betim, escoltado por quatro agentes. O ex-policial está preso desde 8 julho de 2010. Sua prisão aconteceu menos de um mês após a morte de Eliza ter vindo à tona. O nome de Marcos Aparecido foi atrelado ao homicídio depois das declarações dadas pelo o primo do goleiro, J. atualmente com 18 anos. Bola é apontado de ter estrangulado Eliza até a morte, cort0ado as mãos dela e jogado a cães da raça Rottiweiler e ter desaparecido com o corpo da vítima.

O jovem, que cumpre medida sócio educativa no Centro Provisório Dom Bosco, no Bairro Horto, em Belo Horizonte, foi um dos primeiros a falar sobre a execução, dando detalhes do sequestro e da morte de Eliza e apontado o nome de cada um das oito pessoas envolvidos no crime. Foi o rapaz quem levou a equipe da Divisão de Crimes Contra a Vida (DCcV) à casa do ex-policial, na cidade de Vespasiano. Segundo o inquérito policial e denúncia do Ministério Público, no dia 10 de junho de 2010, Eliza teria sido asfixiada até a morte na residência do ex-policial, com um golpe de gravata.

Pela a morte de Eliza, o ex-policial Marcos Aparecido do Santos poderá ser condenado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. O réu ainda é acusado de pelo menos mais cinco assassinatos e suspeito de envolvimento em um grupo de extermínio dentro do extinto Grupo de Resposta Especial (GRE), onde mantinha um barracão, apelidado de casa de matar. Há denúncias de que as vítimas eram levadas ao local e torturadas com os Rottiweiler de Bola.

Mesmo depois de preso, o nome de Marcos Aparecido foi atrelado a mais um plano macabro de assassinato. Entre as vítimas marcadas para morrer estariam a juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, que presidiu as audiências de instrução de julgamento dos oitos acusados pelo sumiço e morte de Eliza, o delegado Edson Moreira, que esteve à frente das investigações, o deputado federal Durval Ângelo, da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o advogado José Arteiro Cavalcanti, que atuou como assistente da acusação, e o advogado Ércio Quaresma, que já foi defensor de Bruno.

As denúncias sobre o plano de mortes do ex-policial foram feitas pelo detento Jaílson Alves de Oliveira, ex-colega de cela de Bola na Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem (MG). Oliveira afirmou que Marcos Aparecido planejava contratar o traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, para cometer os assassinatos. A Polícia Civil de Minas investiga o caso e já ouviu Bola, Jailson Oliveira, o goleiro Bruno, Edson Moreira e os dois advogados. Falta ainda ouvir a juíza e o criminoso carioca, que está preso em Mato Grosso do Sul.

Acusados. Bruno, Macarrão e Bola aguardam julgamento na prisão. A ex-mulher de Bruno, Dayanne de Souza; a ex-namorada, Fernanda Gomes de Castro; o primo Sérgio Rosa Sales, o Camelo; o caseiro Elenilson Vitor da Silva; Wemerson Marques de Souza, o Coxinha, respondem ao processo em liberdade.

Segundo o Ministério Público, Eliza foi morta porque brigava na Justiça com Bruno, pelo reconhecimento de seu filho Bruninho, atualmente com 2 anos. Bruno e Macarrão teriam arquitetado todo o plano de sequestro e morte da jovem e contratado o ex-policial para assassinar Eliza e desaparecer com o corpo dela. Quase dois anos depois de desaparecer o corpo da jovem ainda não foi encontrado.

Fonte: Veja

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