A tentativa inusitada de fuga de um reeducando do presídio Baldomero Cavalcanti no final da tarde deste domingo, dia 26, chamou a atenção da cúpula do Sistema Prisional. Usando vestido e peruca, o preso tentou deixar a unidade junto com visitantes.
Jardiel Lopes da Silva, 25 anos, responde por crimes de homicídio, sequestro e roubo e é condenado a 53 anos de prisão pelos crimes. Se concretizada, esta seria a terceira fuga do detento, considerado altamente periculoso, registrada em presídios alagoanos. A última fuga foi registrada em agosto de 2007, quando – junto com outro preso – serrou a grade de sua cela e fugiu do então presídio Rubens Quintella.
Na tarde de ontem, Jardiel foi flagrado tentando deixar a unidade. Ele tragava camiseta, vestido, sandália feminina e peruca. Os agentes penitenciários desconfiaram do ‘suposto travesti’ que tentava deixar a unidade e ao realizar a abordagem identificaram o preso.
Na Central de Polícia Civil, Jardiel não informou quem teria fornecido a vestimenta feminina. Os agentes acreditam que o material tenha sido levado por visitantes do preso ainda neste domingo.
A Superintendência Geral de Administração Penitenciária (Sgap) vai investigar como as roupas entraram na unidade prisional. A possibilidade de falha durante o procedimento de revista não é descartada, uma vez que todos os reeducandos de Alagoas recebem fardamento ao entrar nas unidades prisionais e é proibida a permanência de outro tipo de roupa com os presos. Há suspeita de que a algum visitante tenha entrado com mais roupa do que o normal, que também não foi percebida pelos agentes.
Ainda segundo a Sgap, as pessoas que visitaram Jardiel no dia de ontem estão identificadas através do controle de visitas. O preso será punido administrativamente pela tentativa de fuga. O Conselho de Disciplina deverá aplicar a punição – que pode chegar a isolamento – a ser aplicada.
Já os responsáveis pela entrada da roupa feminina, assim que identificados, poderão responder criminalmente por facilitação de fuga. O caso será investigado pela Polícia Civil.