A Corregedoria da Polícia Civil de Roraima abriu um processo administrativo disciplinar para apurar a conduta de um delegado que entregou uma pistola que pertence à Secretaria de Segurança Pública a uma pessoa sem porte de arma como garantia de pagamento de um programa sexual.
Segundo a assessoria de imprensa da pasta, o delegado está sendo investigado por omissão na cautela com o armamento, colocando em risco a vida e a integridade física de outras pessoas.
O processo, iniciado no último dia 22 de fevereiro, segundo portaria publicada no Diário Oficial do estado, tem 60 dias para ser concluído, podendo ser prorrogado pelo mesmo tempo. Durante este período, o delegado ficará afastado de suas funções e trabalhando em setores administrativos da Polícia Civil.
A pistola ponto 40 foi devolvida ao delegado após ele pagar R$ 500 pelo programa no último dia 15 de fevereiro, segundo a polícia. A Secretaria de Segurança informou que a arma, que estava acautelada com o delegado investigado, foi apreendida.
O delegado estava lotado na Delegacia Geral de Homicídios de Boa Vista, a capital de Roraima, e já sofreu afastamentos devido a problemas de saúde anteriormente. O G1 tentou contato com o delegado, mas não conseguiu. O Sindicato dos Delegados da Polícia Civil de Roraima não soube informar se ele tem advogado.
No último dia 13 de fevereiro, outro delegado começou a ser investigado pela Corregedoria da Polícia Civil de Roraima após colocar um cachorro morto dentro da geladeira da delegacia.