Uma situação inusitada movimentou a cidade de Capela na noite desta sexta-feira, dia 9. Centenas de populares tentaram invadir a delegacia da cidade com o intuito de linchar, José Petrúcio Caetano da Silva, acusado de violentar e matar uma menina de apenas cinco anos. O crime aconteceu na cidade de Cajueiro, na última quinta-feira, 8.
Indignada com a brutalidade com que a menor foi assassinada, ao tomar conhecimento que Petrúcio estava preso na cidade, a população de Capela tentou invadir a delegacia. A ação da polícia precisou ser rápida e ostensiva para conter os populares. Sete equipes do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), outras cinco viaturas da 4º Companhia de Atalaia também deram apoio. A polícia também precisou usar spray de pimenta, bombas de efeito moral e até tiros para o alto foram deflagrados.
Moradores de Capela contam que alguns populares ainda conseguiram entrar na delegacia, mas não alcançaram a cela onde estava o acusado. O BOPE teria levado cerca de 3o minutos para conseguir contar a ação dos revoltosos.
De acorodo com um dos agentes de plantão da Delegacia de Capela, Petrúcio foi trazido para a Casa de Custódia, Maceió.
Relembre o caso
Acusado da estuprar e matar uma menina de 5 anos, na cidade de Cajueiro, José Petrúcio Caetano da Silva, 27 anos, foi preso na quinta-feira (8) pela Polícia Civil de Alagoas.
O acusado confessou que passou o dia de quarta-feira (7), bebendo com a família da vítima (Ana Késsia) e a seguiu no momento em que ela saiu de casa para trocar vasilhames (garrafas vazias) por pipoca.
O delegado regional de Viçosa, Belmiro Cavalcante, informou que, de acordo com as investigações, aproveitando-se da confiança que a criança tinha por ele levou-a até a beira do Rio Paraíba, no Bairro Novo, próximo a uma ponte na entrada da cidade. Depois do estupro, José Petrúcio jogou a menina dentro do rio.
Inicialmente, o acusado foi detido como suspeito do desaparecimento da criança, cujo corpo somente foi encontrado nesta quinta-feira.
No interrogatório, prestado ao delegado Ednaldo Marques, titular da distrital de Cajueiro, ele acabou confessando o crime.
Atualizada às 10h18