Novo presidente da CBF e substituto de Ricardo Teixeira também no conselho de administração do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014 (COL), José Maria Marin ficou marcado no início do ano por polêmica na premiação da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Na ocasião, ele colocou uma medalha no bolso no momento que elas estavam sendo entregues aos atletas do Corinthians – campeão da competição.
Nesta segunda-feira, durante sua apresentação oficial como novo presidente da CBF, o único assunto que tirou Marin do sério foi a polêmica da medalha. Em tom exaltado, ele se defendeu da acusação de ter guardado o objeto no bolso sem autorização e apresentou sua justificativa.
É muito bom vocês (jornalista) tocarem nesse assunto. É bom isso ter vindo à tona para que possa ser esclarecido de uma vez por todas. A medalha foi uma cortesia da Federação Paulista de Futebol (FPF). Não era para ter essa repercussão toda. Isso tudo foi uma verdadeira piada – frisou Marin, visivelmente incomodado com o assunto.
O presidente da FPF, Marco Polo del Nero, confirmou a versão do novo presidente da CBF e ratificou que a medalha foi cortesia da entidade
A apresentação de Marin também foi marcada por uma gafe. Ao confirmar que também assumirá a presidência do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014, o dirigente, de 79 anos, errou logo em sua primeira coletiva no cargo.
– Vou assumir o COL ao lado de um grande ex-jogador, o Romário.
Em seguida, ao perceber o erro, o dirigente se corrigiu e disse Ronaldo, que faz parte do conselho do COL com o tetracampeão Bebeto. Vale lembrar que Romário, agora deputado federal, tem sido um dos maiores críticos da gestão de Teixeira no COL e na CBF.
Apesar da mudança de nome, José Maria Marin garantiu que dará continuidade ao mandato de Ricardo Teixeira e afirmou que seguirá na mesma linha do ex-presidente. Marin, inclusive, revelou que todos os vice-presidentes e diretores da entidade colocaram seus cargos à disposição, o que, segundo ele, foi prontamente negado.
– Todos os diretores e vice-presidentes da CBF colocaram seus cargos à disposição quando souberam da renúncia do Ricardo Teixeira. Mas nada mudará, todos continuarão. Será dada continuidade a uma gestão respeitada em todo o mundo. Se eles são da confiança do Ricardo Teixeira, são da minha confiança também.