Thor Batista chega a delegacia do RJ para depor, diz polícia

Empresário chegou por volta das 9h a Xerém, com dois advogados.

Rodrigo Silva Vianna/G1Empresário depõe em delegacia em Xerém

Empresário depõe em delegacia em Xerém

O empresário Thor de Oliveira Fuhrken Batista, filho do empresário Eike Batista, chegou por volta das 9h desta quarta-feira (21) à 61ª DP (Xerém) para prestar esclarecimentos sobre o acidente que provocou a morte do ajudante de caminhão Wanderson Pereira dos Santos, de 30 anos. Ele estava numa bicicleta quando foi atropelado por Thor na noite de sábado (17), na Rodovia Washington Luís (BR-040), na altura de Xerém, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

Thor chegou acompanhado de dois advogados e cinco seguranças. Eles vieram em dois carros, e entraram pela porta lateral da delegacia. O empresário não falou com a imprensa e seguiu direto para o depoimento. Ele será ouvido pelo delegado titular Mário Roberto Arruda, que voltou nesta quarta de férias.

Na terça-feira (20), o empresário divulgou no microblog Twitter uma foto com o braço machucado. Nas fotos, o jovem aparece com escoriações no rosto e no braço. Thor já tinha usado o Twitter para dar sua versão sobre o acidente.

Procurada pelo G1, a assessoria de imprensa do Grupo EBX não informou o dia em que a foto foi tirada. O advogado de Thor Batista também foi procurado pelo G1, mas não foi encontrado para comentar o assunto.

Multas na carteira

Ainda na terça, o advogado da família do ajudante de caminhão afirmou que pretende processar o governo do estado do Rio de Janeiro se ficar comprovado que Thor Batista tem 51 pontos na carteira de habilitação. “Pedi para fazer um levantamento sobre a informação dada pelo Jornal Nacional ontem. Se ficar comprovado que Thor tem 51 pontos na carteira, vamos acionar também o governo do estado, que nessa circunstância teria total responsabilidade”, explicou Cleber Carvalho Rumbelsperger.

O advogado da família de Wanderson esteve na delegacia para ver como está o inquérito sobre o acidente que provocou a morte de Wanderson. Ele quer saber também onde estão acautelados o carro que Thor dirigia e a bicicleta da vítima.

Segundo ele, como os veículos fazem parte de um inquérito policial, não podem ser liberados. “Vamos buscar a Justiça a qualquer custo”, garantiu Cleber. O advogado, no entanto, não conseguiu ter acesso ao inquérito policial, pois o delegado interino não estava na delegacia no momento e o delegado-titular retorna de férias na quarta-feira (21).

O advogado da família da vítima disse que vai aguardar o resultado da perícia para qualificar o crime e saber se foi homicídio doloso ou culposo. “Pela avaria no veículo e pelo estado em que ficou o corpo da vítima é possível que o motorista estivesse em uma velocidade acima do permitido. Se isso for constatado, ele assumiu o risco de um resultado como esse. O crime passa de culposo a doloso”, afirmou Cleber.

O valor do dano material ainda não foi definido pelo advogado. Segundo ele, é preciso definir a renda per capita da família e saber exatamente a falta que a renda de Wanderson vai representar neste orçamento.

Fonte: G1

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