Partidos da base aliada e da oposição favoráveis à votação do projeto de reforma do Código Florestal conseguiram, pelo segundo dia consecutivo, inviabilizar a apreciação da proposta da Lei Geral da Copa (PL 2330/11), marcada para esta quarta-feira. Assim, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), encerrou a sessão extraordinária do Plenário por falta de quórum. O projeto agora só poderá voltar à pauta na semana que vem. A sessão de quinta-feira inclui somente propostas que aprovam acordos internacionais e criam cargos no Judiciário. Não há sessão às sextas-feiras.
PMDB, PPS, PSD, DEM, PR, PTB, PDT e PSC foram os partidos que participaram da obstrução. Estes partidos argumentam que antes de se votar a Lei Geral da Copa é preciso garantir uma data para a votação do texto do Senado para o Código Florestal (PL 1876/99). A questão tem emperrado a votação da Lei Geral. Maia esperava votar a lei nesta quarta.
A Lei Geral da Copa vai regulamentar e dar direitos comerciais à Fifa na realização da Copa do Mundo de 201 estabelecendo privilégios temporários à entidade e seus associados durante a realização desse evento esportivo em 2014. Na terça-feira ficou acertado que a questão mais controversa da lei, a liberação da venda de bebidas alcóolicas nos estádios, deverá ser negociada entre Fifa e os governos das 12 cidades-sedes. O iG antecipou a informação na coluna Poder Econômico.
Diante de mais um adiamento na votação da Lei Geral da Copa, a Fifa, diferente de outras oportunidades, preferiu não criticar o novo atraso do governo brasileiro. Em contato com a reportagem do iG, a entidade máxima do futebol mundial não polemizou e disse que não vai mais comentar ou especular sobre o assunto. A mudança de postura acontece justamente alguns dias após a visita do presidente Joseph Blatter ao País.