Familiares do vereador Luiz Ferreira depõem ao juiz da 17ª Vara Criminal
Os familiares do vereador por Anadia, Luiz Ferreira de Souza, de 61 anos, executado a tiros dentro do seu veículo em setembro do ano passado, após anunciar sua candidatura à Prefeitura de Anadia, voltaram a apontar a ex-prefeita do município, Sânia Tereza, como principal interessada na morte do vereador, que também era professor da Universidade Federal de Alagoas.
Familiares do vereador depuseram na manhã desta sexta, 20, durante audiência de instrução, ao juiz Maurício Brêda, da 17ª Vara Criminal da Capital. Dos sete acusados de envolvimento nos crimes, foram levados ao prédio do Fórum do Barro Duro, para prestar depoimento. Várias testemunhas ligadas à vítima deverão prestar depoimento no decorrer da audiência.
A prefeita afastada de Anadia, Sânia Tereza, seu marido, Alessander Leal, e o policial militar Cláudio Magalhães da Silva, apontador como executor do crime, estavam no fórum.
Durante o seu depoimento, a mulher do vereador – Rita Ferreira – destacou a personalidade ‘arrogante, impetuosa, de que mantém uma capa de liderança’. Rita disse, ainda, que o marido tecia comentários quanto ao aumento do patrimônio da prefeita, que teria comprado um apartamento de luxo no bairro da Ponta Verde.
Rita relatou ainda que ele (Luiz Ferreira) teria sido pressionado a votar contra o afastamento de Sânia Tereza do comando do executivo municipal. Segundo ela, Luiz Ferreira poderia ser um empecilho no caminho de Sânia Tereza, que dizia abertamente que apoiava o vereador à prefeitura do município. “Ele (Luiz Ferreira) tinha a certeza que ia ganhar”, declarou, relatando que inúmeras vezes ouviu o esposo fazer queixas sobre um suposto enriquecimento ilícito da então prefeita. “Meu marido havia comentado que Sânia estava indo com muita sede ao pote, ‘como uma mulher que não tem emprego compra um apartamento na Ponta Verde, como ela vai declarar isso’, dizia”, confessou.
O advogado de defesa da prefeita afastada, Sânia Tereza, questionou o trabalho da polícia de Alagoas. Segundo Raimundo Palmeira, a polícia nunca comprovou o desvio do qual Sânia é acusada. O advogado também questionou a polícia ter considerado apenas uma linha de investigação.
