Depoimentos confirmam agressões sofridas por Giovanna Tenório

A Audiência do caso Giovanna Tenório, que está sendo aguardada desde janeiro deste ano, movimentou o Tribunal do Júri, no Fórum do Barro Duro, na tarde desta segunda-feira, 23. As duas primeiras testemunhas ouvidas pelo juiz da 8ª Vara Criminal da Capital, Maurício Breda, foram os amigos da vítima, Leonardo Pereira Lima e Meiry Emanuella de Oliveira Vasconcelos, conhecida como Manu.

Em ambos os depoimentos, as testemunhas confirmaram que Giovanna foi agredida fisicamente por Mirela Granconato (acusada da autoria intelectual do crime) em duas ocasiões: em uma boate de Maceió e numa festa, no município de Rio Largo. A vítima teria apresentado aos amigos hematomas e chegou a considerar a possibilidade de denunciar a agressora à polícia.

Outra informação comum entre as testemunhas são as mensagens via SMS, em tom ameaçador, que Mirela costumava – segundo depoimento – enviar para Giovanna, inclusive, do celular do marido, Antônio Bandeira, o Toni. Tanto Leonardo, quanto Manu confirmaram ter visto as mensagens no celular da amiga.

Um ponto de divergência entre as testemunhas, no entanto, foi observado no momento em que falaram sobre o uso de drogas por parte de Giovanna. Leonardo afirmou que a amiga não fazia uso de entorpecentes e seu único envolvimento teria se dado em função da proximidade com Manu. Ele disse que Manu teria comprado drogas de um traficante de Jaraguá e informado que era uma encomenda de Giovanna. A vítima só soube do caso quando o traficante a procurou para cobrar a dívida. Leonardo garantiu que ela não sabia de nada e que precisou pegar dinheiro da poupança, sem que a família soubesse, com medo do traficante.

Já Manu, sugeriu que a vítima não era tão inocente como disse o amigo. Segundo a testemunha, as duas usavam drogas quando saíam com Toni. Ela também negou ter feito dívidas com traficantes usando o nome da amiga.

Um fato interessante é que no meio do depoimento, Manu confessou que está trabalhando na Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) de Rio Largo por intermédio de um candidato a vereador pelo município. A declaração causou indignação ao juiz, que irá acionar a Justiça Eleitoral para investigar esse e outros casos. O vereador em questão é Roberto Menezes, que o juiz afirmou ter sido preso durante a Operação Guabiru.

Por causa do desencontro de informações acerca do tema “drogas”, o juiz decidiu realizar uma acareação entre as testemunhas citadas.

Mirela Granconato

O depoimento mais esperado da tarde, sem dúvida, é de Mirela Granconato, única acusada que continua presa. Ela permaneceu no auditório durante o depoimento de Manu e no intervalo entre os depoimentos conseguiu autorização para falar com familiares, entre eles o marido Toni, que acompanha os depoimentos na plateia.

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