Apontada como mandante do assassinato da estudante Giovanna Tenório, Mirela Granconato negou todas as acusações que lhes foram imputadas, durante depoimento ao juiz Maurício Breda, no Fórum do Barro Duro. Mirela confirmou que brigou com a vítima nas duas ocasiões mencionadas pelas testemunhas – em uma boate, em Maceió, e em Rio Largo – e negou que suas brigas e separações do marido, Antonio Bandeira (Toni), tivessem relação com Giovanna.
Em determinado momento do depoimento, Mirela pediu justiça e se disse a maior interessada no esclarecimento do crime. “De todos os presentes eu sou a que mais precisa da verdade”, argumentou. Para o promotor Flávio Gomes, o discurso de Mirela não convenceu. O ponto alto da oitiva de Mirela foi o momento em que o promotor leu trechos de mensagens que ela teria enviado a Giovanna na tentativa de intimidá-la.
Para Mirela, mensagens como: “atenda, não vai doer não. Ainda o mau você vai ver. O meu não, o seu”; e “hoje você vai ter o que merece”, foram usadas para pedir respeito, já que ela estava se relacionando com um homem casado e não para intimidá-la. “Quem nunca foi traída? Eu não serei a primeira porque 90% dos homens traem”, justificou.
Acareação
Em determinado momento do depoimento de Mirela o juiz pediu uma acareação com Meiry Emanuella de Oliveira Vasconcelos, a Manu. Isso porque Granconato teria dito que ela informava todos os passos de Giovanna com Toni. Manu negou as informações e ainda solicitou a quebra de sigilo telefônico para provar que não tinha ligações com a acusada.
Fuga
Mirela revelou durante o depoimento que uma pessoa, cujo nome não foi informado porque corre em segredo de Justiça, teria proposto que ela fugisse e oferecido apoio financeiro para tal. A acusada afirma não saber o motivo da proposta, que recusou porque tem interesse em provar sua inocência.