Eliana Calmon: ‘operação em Rio Largo é modelo de moralização’

Desconsiderando o ‘perfil’ linha dura, muito menos linha mole, a corregedora do Conselho Nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, esteve em Alagoas para receber a Comenda Desembargador Moura Castro. Antes da solenidade, a corregedora conversou com a imprensa e destacou mudanças no cenário judiciário nacional e enfatizou, após tomar conhecimento sobre a operação realizada nesta quinta-feira (17), que prendeu vereadores da cidade de Rio Largo, que o ocorrido é uma situação modelo de moralização.

“A operação (de Rio Largo), como qualquer outra acompanhada pelo judiciário, é um marco para a cidadania, uma vez que começa a ser combatida pela própria sociedade, que vem acompanhado os casos e cobrando da justiça as devidas respostas”, destacou a ministra, relatando que a imprensa tem um papel importantíssimo no processo de democratização e que “não podemos cruzar os braços e esperar as coisas acontecerem, temos que fazer acontecer”.

A corregedora reconheceu que a justiça é lenta, mas que o poder tem uma grande preocupação em reunir provas para qualquer punição, principalmente que envolva o judiciário. Segundo a ministra, o trabalho da corregedoria também é lento e que tem punições brandas, mas que “a lei orgânica do judiciário está na pauta do dia para ser modificada”.

Segundo Calmon, a corregedoria nunca funcionou e agora as coisas estão andando. “Não me considero linha dura ou linha mole, apenas sou cumpridora da constituição. Mas antes a corregedoria não funcionava e agora as coisas estão andando e estamos damos celeridade aos casos”, destacou.

“Está havendo uma mudança de cultura e postura dos nossos magistrados, isso levou muito tempo para ocorrer, uma vez que os magistrados davam carteiradas ou usava da sua autoridade. Agora eles estão pensando duas vezes antes de cometer tais atos, pois a população está vaiando e é para fazer isso mesmo. Eles têm que ter em mente que a sua responsabilidade social enquanto magistrados é bem maior”, declarou.

A ministra enfatizou que há magistrados alagoanos sendo investigados pelo CNJ, mas que prefere manter as identidades em sigilo, para não atrapalhar o andar das investigações.

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