Procon pode ingressar com ação civil pública contra Oi

Usuário invade torre de telefonia em protesto a serviços
Usuário invade torre de telefonia em protesto a serviços

Os usuários da Oi em Alagoas estão se mobilizando contra a má qualidade dos serviços prestados pela empresa de telefonia. Uma pane registrada na quarta-feira, 16, deixou praticamente todos os estados no Nordeste sem os serviços, o que provocou revolta aos usuários.

No twitter oficial da Oi, clientes registraram sua insatisfação e as dificuldades das linhas telefônicas que se encontravam indisponíveis. Como resposta, a Oi solicitou aos usuários que enviassem os dados pessoais para que fossem verificados os problemas existentes.

Desde então as reclamações não param de chegar aos órgãos de defesa do consumidor. A orientação do Procon é que os consumidores que se sentirem atingidos procurem o órgão para registrar a denúncia e cobrem melhores serviços, como explicou o Gerente de Atendimento do órgão, Denis Malta.

“O Procon disponibilizou todas as ferramentas para atender aos usuários, inclusive na internet, para quem desejar formalizar as denúncias. Estamos coletando essas informações, construindo o esqueleto e então ingressaremos com uma ação administrativa”, disse acrescentando que a empresa já foi chamada para uma audiência com o órgão e tem 10 dias para comparecer.

O que o Procon quer, segundo o gerente, é entender o que está ocorrendo nos serviços e ter a garantia que ações efetivas de reparo estão sendo providenciadas para regularizar e melhorar a situação. “Após conhecer a defesa da empresa, iremos acompanhar os serviços e se nada for resolvido o nosso corpo jurídico, junto com o superintendente, poderá ingressar com uma ação civil pública”, explica Malta, a exemplo do que ocorreu com a TIM.

Reclamações

As principais reclamações de usuários dizem respeito à internet oferecida pela empresa. Além dos problemas com a conexão a velocidade não corresponde ao valor pago. Por falar em valor, os usuários reclamam que os preços aumentam assustadoramente e os valores são alterados sem o conhecimento do cliente.

A telefonia, nem se fala. Usuários da capital e interior passam horas sem sequer conseguir uma ligação. As ligações não completam e os usuários que dependem do telefone para trabalhar estão alegando prejuízos financeiros.

Outra reclamação efetuada pelos usuários está ligada à oferta dos serviços. Muitos terceirizados da empresa vendem serviços que não estão disponíveis no Estado. “O consumidor compra um serviço, não utiliza porque não está disponível e ainda é cobrado”, reclama um cliente nas redes sociais.

Ação Civil Pública

Na sua página no Facebook, o deputado estadual João Henrique Caldas comentou a mobilização popular acerca dos serviços da Oi. Ele perguntou aos internautas o que achavam de uma nova ação civil pública, desta vez contra a Oi. A proposta teve a adesão de mais de 70 internautas, que comentaram a iniciativa.

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