Após anos de disputa judicial, barracas da Sereia são demolidas

Alagoas24horasApós anos de disputa judicial, barracas da Sereia são demolidas

Após anos de disputa judicial, barracas da Sereia são demolidas

Sem perspectiva de relocação, cinco barracas e um restaurante, localizados na Praia da Sereia, foram demolidos na manhã desta quinta-feira, 31, pela Superintendência de Patrimônios da União (SPU), órgão do Governo Federal, juntamente com a Polícia Federal. A demolição se deu em cumprimento à determinação da 1ª Vara de Secção Judiciária de Alagoas e contou com o apoio do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran), Batalhão de Policiamento de Eventos (BPE) e Centro de Gerenciamento de Crises da PM.

De acordo com os arquitetos da SPU, as barracas que foram demolidas estão em área de praia, que foi ocupada de forma irregular. “É importante destacar que eles (os comerciantes) invadiram a área impedindo o acesso da população às praias”, relatou Enio Ricardo, explicando que área de praia compreende até onde o mar chega.

“Eles dizem que ocupamos de forma irregular, mas como se estamos sustentando as nossas famílias aqui há mais de 40 anos?”, questionou Clauderis Fernandes, comerciante, relatando que não houve deslocamento para outra área. “O prefeito (Cícero Almeida) se reuniu com a gente no ano passado e relatou que precisa revitalizar a orla de Maceió, mas que não tinha um local para nos colocar, aí chega agora um mandado de desapropriação dizendo que é área de praia da Marinha, mas como se não estamos em guerra ou nenhuma ameaça?”.

Os comerciantes prometem fazer mobilizações que visem sensibilizar o poder público. “Não iremos descansar, iremos fazer tudo para que os senadores ouçam a nossa voz, porque não podemos ficar desassistidos pelo poder público, pois aqui todo mundo é pai de família e só quer sobreviver”, enfatizou Jailton Reis.

A SPU relatou que outras desocupações seão realizadas, segundo eles, dez barracas já foram demolidas e outras 19 estão na lista, como também hotéis e residências estão na mira da justiça.

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