O Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) divulgou nesta quinta-feira, 31, a primeira avaliação da análise química da água coletada na Lagoa Manguaba, nos locais onde foi constatada a mortandade de peixes. Os resultados mostram que há presença de gás sulfídrico (H2S), resultante da decomposição de matérias orgânicas, o que diminuiu o oxigênio dissolvido dentro da Laguna e provocou um forte odor no local, em outras palavras a poluição teria provocado a mortandade.
“A origem desses sedimentos é principalmente pela ausência de saneamento básico. O meio ambiente também gera matéria orgânica, mas não o mesmo volume produzido pelos seres humanos”, explicou Carlos Soares, diretor do laboratório do IMA/AL.
Na madrugada de ontem outra quantidade significativa de peixes foi encontrada por pescadores e moradores do povoado Massagueira, também em Marechal Deodoro. Milhares de peixes estavam mortos nos canais na Laguna Manguaba para desespero de quem vive da pesca na região. Uma equipe do IMA voltou ao local e coletou novas amostras para análise.
“A solução mais efetiva nesses casos é uma dragagem, ou seja, a retirada dessa matéria orgânica, mas esse é um projeto de longo prazo, visto a grande quantidade desses sedimentos no fundo da Laguna”, disse o diretor Técnico do IMA, Ricardo César.
Já o Secretário do Meio Ambiente de Marechal Deodoro, Erikson Machado, outras medidas emergenciais podem ser feitas para minimizar a situação. “Se a morte de peixes continuar e começar a prejudicar a renda dos pescadores, o que podemos fazer é contatar a Prefeitura de Marechal Deodoro para prestar assistência aos pescadores, com a distribuição de cestas básicas”.
Nesta sexta-feira, 1º de junho, uma equipe do IMA deverá acompanhar a retirada dos peixes que será feita pelos pescadores e poder público local.
