A Feira Camponesa retornou à Praça da Faculdade no bairro do Prado, na manhã desta quinta-feira, 14, com várias opções de alimentos produzidos em 19 assentamentos e acampamentos, acompanhandos pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), em dez municípios alagoanos, frutos da reforma agrária e de acordo com a organização da feira, a intenção do evento é eliminar a visão “preconceituosa que a sociedade tem em relação aos sem-terra”.
“A Feira Camponesa reúne os trabalhadores rurais dos assentamentos e acampamentos de vários lugares do Estado, trazendo até a cidade os alimentos produzidos por eles. Mostrando que eles são trabalhadores e que querem apenas plantar os seus alimentos e os da cidade”, destacou Heloísa Amaral, coordenadora técnica da CPT, enfatizando também que é uma das formas de escoamento dos alimentos produzidos.
A CPT organiza a Feira Camponesa duas vezes ao ano, em junho e outubro, e em sua 16ª edição traz os meus alimentos das edições anteriores, uma vez que “o Nordeste tem enfrentado um fenômeno natural que tem atingido todos os agricultores e tem dificultado as suas produções”, enfatizou Carlos Lima, coordenador da CPT, se referindo à seca que segundo a meteorologia é a pior dos últimos 50 anos, mas que a estimativa é que sejam comercializadas cerca de 100 toneladas de alimentos.
A coordenação da CPT ainda destaca que a população encontrará banana, feijão, feijão de corda, fava, milho, abóbora, manga, ovos de capoeira, galinhas, ovelhas, além do mel do sertão. “E a noite teremos as atrações culturais, vale a pena destacar que hoje teremos a banda Nó Cego e Pinóquio do Acordeon e amanhã (15) não será diferente, pois além de Pinóquio do Acordeon, também teremos o show com Zé Mocó em comemoração ao centenário do rei do forró, Luiz Gonzaga, e o nosso tradicional bingo do carneiro”, enfatizou.