Sete pessoas foram presas acusadas de integrar uma ‘megaquadrilha’ apontada em diversos assaltos a estabelecimentos comerciais e roubo de carros no bairro de Jatiúca. Entre os presos está Ronaldo Bandeira da Silva Júnior, 21 anos, filho do ‘China’, assaltante acusado de encomendar o veículo Honda Civic do policial federal aposentado Eduardo Batista Junior, morto no assalto ocorrido em julho de 2011 na Jatiúca.
As prisões aconteceram no início da manhã desta segunda-feira, dia 25, nos bairros de Jatiúca e Cruz das Almas. Ao todo foram cumpridos sete mandados de prisão e 21 de busca e apreensão expedidos pela 17ª Vara Criminal.
De acordo com a delegada Ana Luíza Nogueira, coordenadora da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), a quadrilha agia de forma bastante articulada e seria coordenada ativamente por Janderson Felipe Freitas Acioli, 19 anos – preso também durante a ‘Operação Jatiúca’ – e Ronaldo Júnior.
“O Janderson é um dos principais mentores da quadrilha. Ele que organizava a função de cada integrante do grupo, determinava qual seria o alvo do assalto e ainda participava da execução do crime”, explicou a delegada durante entrevista coletiva.
O grupo é apontado em assaltos a pizzarias e outros estabelecimentos comerciais do bairro de Jatiúca. Os integrantes ainda agiriam no roubo de carros na região. Segundo Ana Luíza, vítimas da quadrilha teriam reconhecido os acusados presos.
Foram presos também durante a operação: Dênis Altino Barros Melo, 35; Lucas Henrique Quirino da Silva, 18; João Vitor de Oliveira, 18; Anderson Altino Barros Acioli, 28; e Charles de Souza Bandeira, 22. Ainda integrariam a quadrilha Ygor Raposo Teles, 18, e Valter da Silva Oliveira, 19, que estão presos desde maio no sistema prisional.
A delegada destacou ainda o perfil ‘familiar’, onde filhos dão continuidade à ação criminosa e ainda o trabalho conjunto de irmãos nos crimes. Para a delegada, as investigações apontam que Ronaldo Júnior, filho do China, estaria se preparando para ‘assumir’ o comando da organização criminosa no lugar do pai. Além dele, dois irmãos – Anderson e Dênis – agiriam juntos na execução dos crimes.
“O Chininha foi reconhecido por testemunhas em assalto. Ele seria bastante violento nas ações, sempre exibindo armas… ele estaria à frente da quadrilha e, vamos dizer, seria o próximo a exercer a função de líder. Seria o herdeiro do pai”, destacou Ana Luíza.
Durante o cumprimento dos mandados, a polícia apreendeu crack, cocaína, veículos e aparelhos de celular – frutos de assaltos. Os presos são acusados ainda de falsificação de dinheiro.