Os técnicos da Ufal realizam nova assembleia de greve nesta terça-feira (03/07), às 9h30, no hall de entrada da Reitoria. A paralisação está completando vinte dias, esta semana, e os servidores pretendem intensificar as ações do movimento para chamar atenção da sociedade, diante do descaso do governo federal com a educação nas Universidades.
O Comando Local de Greve (CLG), durante suas reuniões de avaliações, aponta o crescimento do movimento em todos os setores da Ufal, inclusive nos campi do interior. O CLG, recentemente, denunciou casos de perseguição por parte de chefias que querem impedir o crescimento da adesão à greve. Em nota o CLG orienta todos os técnicos para que se engajem na paralisação e resistam ao autoritarismo das chefias que querem impor escala de greve,
Durante as avaliações dos presentes, muitos fizeram um balanço positivo do momento da paralisação na UFAL. A adesão à greve continua crescendo e as visitas aos locais de trabalho estão quebrando os focos de resistência a paralisação, resultado da política de pressão e perseguição da administração.
Entre as reivindicações dos servidores existe uma pauta nacional e uma local. Na luta geral um dos pontos principais diz respeito à abertura de uma mesa de negociações com o governo federal que até o momento não mostra interesse em atender os grevistas. O objetivo é discutir um reajuste salarial para categoria, evitando mais perdas acumuladas.
Na pauta específica estão pontos como: a reivindicação da jornada de 30 horas; desativação do presídio da cidade de Arapiraca; luta contra a substituição do trabalho técnico-administrativo por bolsitas; por uma política de qualificação institucional definida e contra a alta burocratização na liberação dos técnicos para qualificação; luta contra o uso da APH como instrumento de pressão aos trabalhadores em greve no Hospital Universitário.
O movimento quer, também, barrar qualquer forma de retaliação aos trabalhadores em greve; a não implantação do ponto eletrônico; por uma política de tratamento de resíduos para os laboratórios clínicos e científicos; por uma nova concepção da progressão por capacitação, nos moldes da UFRN e UFF; melhores condições de trabalho no interior do estado (estrutura, transporte etc.); melhores condições de cursos de capacitação para os trabalhadores do interior do estado (infraestrutura e variedades).