Adufal rejeita proposta do governo e mantém greve

O Comando Local de Greve (CLG) da Associação dos Docentes da
Universidade Federal de Alagoas (Adufal) decidiu, em reunião realizada
nesta terça-feira (17), na sede da entidade, rejeitar a proposta
apresentada pelo governo federal, na sexta-feira (13), e reafirmar a
proposta de carreira do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes/SN) como referência para negociação com o governo.

O posicionamento do CLG/Adufal será apresentado em assembleia geral da categoria a ser realizada nesta quinta-feira (19), às 9h, no auditório da reitoria, no Campus A. C. Simões, quando será encaminhada à plenária a proposta de manutenção da greve. Segundo o vice-presidente da Adufal, professor Marcio Barboza, se acaso a proposta do governo fosse aceita, apenas 20% dos professores da Ufal, teoricamente, poderiam chegar à classe de titular que é o topo da carreira.

“Digo teoricamente porque, de acordo com a proposta do governo, para alcançar o topo da carreira, todo professor doutor deve ser avaliado por uma Banca constituída de 75% de professores de outras instituições com defesa de um trabalho inédito”, analisa Marcio Barboza, enfatizando que tal logística onera o erário e é de difícil viabilização.

Conforme Relatório da Gestão do Exercício de 2011 da Reitoria da Ufal,
o quadro de professores da instituição é formado por 1.343 professores,
sendo, 131 com especialização/aperfeiçoamento, 521 mestres e 691
doutores. Dentre estes, apenas quatro são titulares.

Na opinião do professor Tiago Cruz, membro do CLG/Adufal, a proposta do governo fragmenta a categoria, uma vez que supervaloriza a titulação e desconsidera a dedicação e o tempo de trabalho do professor na instituição. “Ele não considera o conjunto dos professores da universidade, impede que todos os docentes cheguem ao topo e privilegia uma pequena parte da categoria em final de carreira”, expõe.

Fonte: Ascom Adufal

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