Audiência pública reuniu poucos interessados
Uma audiência pública para apresentar a nova modalidade que será adotada para a licitação dos transportes públicos na capital de Maceió foi realizada na manhã desta quarta-feira, 18, na sede da Procuradoria Geral do Município, no centro de Maceió. Na audiência, que contou com a presença de vários segmentos da sociedade, inclusive representantes dos mototaxistas e ciclistas, foi travado um longo debate a respeito da inclusão da modalidade no edital que contempla os transportes na capital.
No ano passado houve uma audiência pública e, de acordo com Roberto Ferreira Costa, procurador-geral do Município, essa audiência de hoje foi solicitada pelo Ministério Público Estadual (MPE), devido à mudança de modalidade a ser adotada no processo licitatório, que segundo ele, contemplará o menor preço e a melhor técnica.
“Na primeira audiência, ouvimos todos os problemas e solicitações para os transportes, mas devido a essa mudança, o Ministério Público achou viável realizarmos outra licitação para esclarecer à população os processos licitatórios e para quem quiser acrescentar algo a mais”, destacou.
A SMTT tem um prazo de até dez dias para dar a resposta da audiência pública, se o que foi questionado e sugerido será colocado no edital, que de acordo com o órgão será lançado em agosto, juntamente com o valor da respectiva passagem, que será paga pelos passageiros.
Mas a audiência se tornou um verdadeiro impasse entre ciclistas, associação dos motoboys e mototaxistas e SMTT. Os representantes das categorias cobram a inclusão das modalidades no edital de licitação, onde segundo Gildo Santana, da Associação Alagoana de Ciclistas, os empresários do ramo do transporte coletivo têm medo que seja incluído os ciclistas, “pois temem a perda de passageiros, mas isso reflete os péssimos serviços prestados à população”.
Segundo ele, a bicicleta é contemplada neste novo edital com o paraciclo, porém, “não está bem especificada, hoje a bicicleta é um meio de transporte primordial, eles mesmo reconhecem que não tem como pedalar mais de seis quilômetros, então um paraciclo nos terminais de ônibus possibilitaram que o ciclista estacione sua bicicleta e siga em um ônibus, mas eles não veem isso, apenas se preocupam com o lucro pelo lucro”, destacou.
Em resposta, a SMTT destacou que esta audiência tem como foco discutir a nova modalidade de licitação para o transporte público na capital e não a inclusão de nenhuma modalidade.
