O ex-deputado federal e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, deu entrada na manhã desta quinta-feira no Hospital Samaritano, na Zona Sul do Rio, onde ficará internado para a retirada de um tumor de quatro centímetros no pâncreas. O problema foi detectado por conta da insistência de um médico de Jefferson, que pediu para ele fazer uma ressonância magnética do pâncreas. Ele chegou de bom humor ao hospital, acompanhado da mulher, Ana Lúcia Novaes, por volta das 7h50m. Logo depois, já foi submetido a exames para uma avaliação antes da cirurgia.
– Cheguei a empurrar isso com a barriga, não dei muita atenção. Mas, há uns 20 dias, o médico me ligou e disse que queria que eu fizesse essa ressonância magnética. Aí percebi que poderia ser algo sério e foi detectado o tumor.
Roberto Jefferson, que é diabético, disse que não bebe, não come doces e faz exercícios regularmente. Ele procurou o médico porque estranhava os picos de pressão arterial que vinha tendo, mas não sentia dor. A cirurgia será comandada pelo cirurgião geral José Ribamar de Azevedo e está marcada para a manhã deste sábado. Durante o procedimento, que deve durar mais de sete horas, será desfeita a cirurgia bariátrica a que o ex-deputado se submeteu em abril de 2000.
– Preocupado a gente sempre fica. Porque corre o risco de fechar o canal do pâncreas e, se infeccionar, a gente sabe que já vem logo a "dona da foice".
José Ribamar de Azevedo disse que ainda não é possível afirmar se o tumor é maligno, mas, mesmo que seja, já se sabe que não é do tipo mais agressivo:
– Depois da cirurgia, ele deve ficar de quatro a cinco dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ele só terá alta de 12 a 15 dias depois da cirurgia.
Com isso, Jefferson deve acompanhar do hospital o julgamento do mensalão, previsto para começar no dia 2 de agosto.
O cirurgião disse ainda que, em princípio, Jefferson não precisará fazer quimioterapia. No domingo, está prevista uma coletiva de imprensa com os médicos, para falar sobre os detalhes da cirurgia.