O coordenador do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) do Ministério Público, Alfredo Gaspar de Mendonça, disse em entrevista à reportagem do Alagoas24Horas, que a primeira etapa da Operação Clone, desencadeada na última segunda-feira, 23, foi concluída com as prisões e retirada dos equipamentos que adulteravam (clonavam) cartões de crédito.
O promotor disse que o Gecoc tem conhecimento que outras pessoas realizam o crime no Estado e mandou um recado aos fraudadores: “Não se preocupem, podem continuar fazendo (clonando), que a polícia e o Ministério Público irão pegá-los”, prometeu.
Alfredo Gaspar destacou a importância da operação, que desarticulou a organização criminosa e fez um alerta à população, segundo ele, as operadoras de cartão de crédito não oferecem a segurança necessária.
Ainda segundo Gaspar, a quadrilha representa uma rede criminosa atuante no Estado, com acesso à tecnologia de ponta que infiltrava vírus em maquinetas e computadores para roubar dados dos clientes e realizar compras. Segundo estimativa do MP, apenas este bando tinha um faturamento superior a R$ 500 mil/mês.
Quanto à participação de empresários no esquema, Alfredo Gaspar afirmou que dos quatro empresários detidos, dois teriam participação direta no esquema e dois teriam sido ‘usados’ por funcionários dos estabelecimentos. Ainda segundo o promotor, todos os presos estão colaborando com as investigações, o que deve robustecer – ainda mais – a denúncia que será encaminhada à Justiça.
Dois acusados, que são considerados foragidos, deram indicativos de que deverão se entregar em breve. Todos serão denunciados por formação de quadrilha e estelionato.