Clone: Após fugir de exame, suspeito se entrega ao MP

Alagoas24horasAdvogado João Luiz apresentou seu cliente e conversou com a imprensa

Advogado João Luiz apresentou seu cliente e conversou com a imprensa

Três dias após fugir do Hospital Sanatório enquanto aguardava, sob escolta policial, a realização do exame de corpo de delito, Rodrigo Andrade Santos, de 27 anos – acusado de fazer parte de um esquema de clonagem de cartões de crédito –, se entregou no final da manhã de hoje, dia 26, na sede do Ministério Público Estadual.

Rodrigo Andrade teria pedido para utilizar o banheiro do hospital, onde estão sendo realizados exames até a reforma do Instituto Médico Legal da Capital (IML), antes da realização do exame de corpo de delito e pulado a janela sem ser visto pelos militares que faziam sua escolta. Os policiais chegaram a fazer buscas, mas sem êxito.

De acordo com o advogado do acusado, João Luiz Targino, Rodrigo teria fugido por medo das consequências de sua prisão. “Ele nunca tinha passado por isso… ficou perdido e por isso resolveu fugir”, explicou o advogado.

Ainda segundo João Luiz, seu cliente teria confirmado uma ‘pequena participação’ no esquema de clonagem de cartões de crédito. Sem entrar em detalhes, o advogado disse apenas que Rodrigo confirmou que sua participação era “com relação às maquinetas”.

Questionado sobre uma suposta ‘facilitação’ dos militares durante a fuga no hospital, João Luiz negou qualquer participação. “Foi ingenuidade deles [militares] por confiar nele [Rodrigo] em ir ao banheiro”, enfatizou.

O acusado chegou ao MP acompanhado do advogado e de um irmão. Cobrindo o rosto, Rodrigo Andrade entrou no prédio sem conversar com a imprensa.

O promotor do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), que investiga o esquema criminoso de clonagem de cartões de crédito, Alfredo Gaspar de Mendonça, não adiantou quais as acusações que pesam contra Rodrigo Andrade. Ele informou apenas que deverá enviar ainda hoje a denúncia contra os acusados de participarem do esquema.

Rodrigo deverá ficar preso por cinco dias. Segundo a defesa, um pedido de habeas corpus apenas será impetrado caso o MP peça a prisão preventiva do cliente.

Prisão

Rodrigo foi preso na Avenida Comendador Gustavo Paiva, no bairro de Mangabeiras. Com ele, a polícia apreendeu documentos diversos, uma máquina de cartão de crédito, uma CPU, agendas, diversos canhotos de cheques e talões de cheques de diferentes bancos, além de cheques de terceiros, notas promissórias e documentos de veículos. O material apreendido foi encaminhado para o Ministério Público Estadual (MPE/AL).

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