As Associações de Produtores de Ostras do município de Coruripe (Aobarco) e do povoado Palatéia, na Barra de São Miguel, receberam hoje (31) as respectivas licenças ambientais de operação. Os representantes do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), do Instituto do Meio Ambiente (IMA) e de entidades parceiras, se reuniram com eles em um café da manhã para a entrega dos documentos.
O momento marca a fase de cumprimento das etapas inerentes ao processo de licenciamento ambiental para o cultivo do molusco. “O IMA comemora a emissão das licenças, reafirma a necessidade de estar ao lado dos produtores e de monitorar a qualidade da água, fundamental para a criação das ostras”, disse Ricardo César, diretor técnico do Instituto. Ele lembrou ainda que há demora na expedição do documento por conta do cumprimento da legislação ambiental e das resoluções do Conselho Estadual de Proteção ao Meio Ambiente (Cepram).
“A ostra é uma riqueza em qualquer parte do mundo”, ainda mais em Alagoas onde “nós temos um dos maiores bancos de proteínas”, comentou Marcos Vieira, superintendente do Sebrae no estado, sobre as ostras e mariscos encontrados nas lagoas e lagunas.
A Associação da Barra de São Miguel possui 34 associados enquanto a de Coruripe reúne 17 pessoas, sendo apenas dois homens. Rosedite Pereira Lessa, a atual presidente, chama o grupo carinhosamente de pérolas e explica que algumas pessoas desistiram no caminho, mas que “conseguir as licenças e ver o trabalho crescer é a realização de um sonho”.
Segundo Manoel Ramalho, gestor do projeto, além do IMA e do Sebrae, A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) foi quem cedeu a outorga da água e uma parceria com a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) garante a o exame da carne da ostra. Hoje, durante o café da manhã, estavam presentes ainda representantes do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), Secretaria de Estado de Pesca e Aquicultura e Instituto Ambiental Brasil Sustentável (IABS).