Sergio Sasaki acaba em 10º lugar no individual geral da ginástica artística

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Sergio Sasaki

Após o fracasso da equipe feminina em Londres, Sergio Sasaki escreveu o seu nome na história da ginástica artística brasileira, nesta quarta-feira, na Arena de North Greenwich. Principal nome da nova geração da modalidade e esperança de medalha nos Jogos do Rio, em 2016, o ginasta de 20 anos ficou na 10ª colocação entre 24 competidores na final do individual geral, com a soma de 88.965 pontos. Ele disputou provas em seis aparelhos (solo, salto, cavalo com alças, argolas, paralelas e barra fixa). Medalhista de prata por equipes e no individual em Pequim, o japonês Kohei Uchimura confirmou o favoritismo e sagrou-se campeão, com 92.690, seguido pelo alemão Marcel Nguyen (91.031) e pelo americano Danell Leyva (90.698).

– A meta era ficar entre os 10 primeiros. Isso era o mais importante. Saí com o que a gente programou. Eu não ia prometer ficar entre os três melhores do mundo. É muito difícil, mas eu estou trabalhando para isso. A gente não pode deixar de acreditar nunca – disse Sasaki.

Campeão no salto e vice no solo na etapa da Copa do Mundo de Doha, superando adversários de alto calibre, como o chinês campeão olímpico Zou Kai, Sasaki é o ginasta brasileiro com o melhor desempenho na capital britânica até o momento. Esta foi a primeira vez que um representante do país chegou a uma final no individual geral nos Jogos. A melhor colocação do Brasil na história da competição era de Diego Hypolito, em Pequim, quando terminou em sexto no solo. Em março deste ano, o bicampeão mundial disse que o país nunca teve um ginasta tão completo e talentoso no individual geral como o companheiro de seleção.

No ano passado, Sasaki foi o herói da conquista do ouro por equipes nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara e passou para quatro finais (cavalo com alças, paralelas, solo e individual).
Primeiro a se apresentar na decisão, o brasileiro passou bem pelo cavalo com alças, fez bons giros e tesouras e somou 14.366 pontos. Nas argolas, ele partiu de uma cruz-invertida (quando o atleta fica de ponta-cabeça), estabilizou a posição na maltesa e seguiu para outros movimentos, mas errou nas paradas de mãos: inclinou o corpo para trás, e o aparelho começou a balançar, o que lhe custou alguns pontos. Ele saiu com um duplo mortal e uma dupla pirueta, atingindo 14.233 pontos.

A melhor nota do brasileiro foi no salto: 16.100. Ele optou por uma acrobacia difícil, um duplo mortal para frente, onde o atleta não consegue ver o chão na hora da aterrissagem. E deu certo. Após o ginasta cravar o movimento, o técnico Renato Araújo vibrou muito. Sasaki também teve uma boa apresentação nas paralelas, fez o elemento que leva o seu nome e somou 15.200. Antes dele, Diego Hypolito e Daiane dos Santos tiveram seus movimentos no código de pontuação da Federação Internacional de Ginástica (FIG). Na barra fixa, Sasaki manteve a regularidade e marcou 14.833. No último aparelho, o solo, ele cometeu alguns erros e se desequilibrou depois de uma dupla pirueta e meia, dando dois passos para evitar a queda. Com 14.233, ele teve uma pontuação total de 88.965.

Fonte: Globo.com

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