Estado Maior determina prisão de PMs envolvidos em polêmica com deputada

Três militares foram acusados de negociar a liberação do veículo da parlamentar que havia sido apreendido por apresentar irregularidades.

Cerca de quatro meses após a polêmica envolvendo a deputada estadual Thaíse Guedes e militares do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), durante uma blitz no bairro da Jatiúca, o chefe do Estado Maior da PM, coronel João Marinho, determinou a prisão dos três militares acusados de negociar a liberação do veículo da parlamentar que havia sido apreendido por apresentar irregularidades.

O fato aconteceu em abril deste ano e, desde então, estava sendo alvo de sindicância por parte do Estado Maior. Durante a investigação ficou comprovado que os militares: coronel Paulo Amorim, chefe do gabinete militar da Assembleia Legislativa do Estado, que teria ordenado a negociação; o tenente Afrânio Monteiro e o sargento José Roberto, que cumpriram a ordem, interferiram no trabalho dos colegas de farda.

Ainda segundo a decisão, os militares, lotados na ALE, deverão ficar dez dias reclusos. As informações foram publicadas no Boletim Geral Ostensivo da Corporação e confirmadas pela assessoria de comunicação. O resultado da sindicância será encaminhado para a ALE, OAB-AL e Conselho de Segurança Pública.

À época, o então comandante da Polícia Militar de Alagoas, coronel Luciano Silva, defendeu os policiais do BPTran. Ele reiterou que os policiais cumpriram o seu papel durante a blitz independente de ser um deputado ou um cidadão comum.

Apreensão

O veículo da deputada estava irregular, devido ao não pagamento de taxas obrigatórias, e com condutor inabilitado, não houve saída para os militares do BPTran senão apreender o veículo. No entanto, ao invés de ser recolhido ao pátio do Detran, o carro foi liberado pelos PMs da assessoria militar.

Após a repercussão do caso, a deputada disse ter ‘sido tratada como criminosa’ e chegou a alegar que os policiais do BPTran agiram com desrespeito à sua condição de cadeirante.

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