Brasília poderá ganhar uma fábrica de ônibus elétrico até 2014. A afirmação é do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, que visitou a Ásia em julho e na ocasião, durante sua passagem pela China, anunciou a vinda de um ônibus elétrico para a realização de testes na capital federal a partir de setembro.
“Nosso objetivo é levar uma fábrica desses carros para se instalar no Distrito Federal, se constituindo em uma plataforma para o Brasil”, disse Queiroz em nota divulgada pelo governo do Distrito Federal. O governador acrescentou que o diferencial do ônibus elétrico é o uso de energia limpa e que a intenção é que esses ônibus sejam utilizados já na Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil.
Contudo, a decisão final de construir a fábrica ainda depende de estudos de viabilidade técnica, econômica e financeira, que ainda serão desenvolvidos, segundo informações da Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília (TCB), cujo presidente Carlos Koch integrou a comitiva do governador Queiroz até a Ásia.
Em nota, o presidente da TCB explicou que o governo do Distrito Federal trabalha nesse projeto desde o ano passado. O ônibus apresentado ao governador e sua equipe foi projetado para os testes de campo em Brasília. Quando iniciar sua circulação, serão avaliados aspectos de engenharia, adaptação às rodovias da região para, então, promover as alterações necessárias, informa Koch. O acordo assinado em outubro de 2011 entre o presidente da TCB e o grupo chinês Rui Hua, prevê o fornecimento de apenas uma unidade do ônibus elétrico, que poderá ficar até 180 dias no Brasil, sem ônus.
100% elétrico, o modelo é equipado com bateria de íon de lítio e foi apresentado em Xangai à delegação brasiliense pelos próprios dirigentes das empresas envolvidas na produção, a Rui Hua, fabricante responsável pela parte mecânica e conjunto elétrico, e a Alfa Group, que faz a carroceria. O ônibus embarcou na China no dia 28 de julho com destino ao Brasil, para, no prazo de dois meses, iniciar as avaliações e adaptações do transporte na capital brasileira.
A princípio, os dois grupos chineses seriam os responsáveis pela produção em Brasília, em sociedade com a TCB. A entidade não deu detalhes sobre como funcionaria essa sociedade.