Quatro ambulantes ficaram feridos durante um protesto realizado no início da tarde desta segunda-feira, 6, no Centro de Maceió. As vítimas em questão integram o grupo que foi proibido, desde sábado passado, de comercializar no calçadão do comércio e também que não conseguiu vaga no Shopping Popular.
Os ambulantes realizaram um apitaço em protesto ao novo local designado pela Prefeitura de Maceió, um estacionamento localizado próximo à Praça Palmares, e o que era para ser um ato pacífico terminou em confronto.
Isso porque os ambulantes teriam obrigado lojistas a fechar as portas dos estabelecimentos e o clima teria ficado tenso. Segundo os manifestantes, a ação do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) para conter os ânimos dos camelôs foi considerada truculenta. Quatro manifestantes teriam se machucado e, em meio à confusão, um deles foi preso.
Adriano Ferreira, Egnaldo Bezerra Menezes e Flávio Freitas da Silva procuraram a Comissão de Direitos Humanos para denunciar os excessos cometidos pela Polícia. “Eu os orientei a fazer um boletim de ocorrência e realizar exame de corpo de delito. A partir dessas medidas, irei pedir que a promotora Karla Padilha, responsável pela atividade externa da Polícia na capital, apoio na investigação do caso. Caberá à Corregedoria instaurar sindicância para apurar o ocorrido”, disse Gilberto Irineu.
Paralelo às medidas informadas, Irineu vai mediar um encontro entre uma comissão de ambulantes e o secretário Executivo do Gabinete, Pedro Alves, para tentar encontrar uma solução para o problema. A reunião deve adiar, pelo menos por enquanto, novo protesto anunciado pelos ambulantes após o confronto com a polícia.