Novo apagão e fim da linha: Brasil perde para Noruega no handebol

AFPDuda passa pela marcação das norueguesas para marcar para o Brasil

Duda passa pela marcação das norueguesas para marcar para o Brasil

O placar com seis gols de vantagem no segundo tempo encheu a torcida de esperança. O Brasil jogava com segurança e ignorava o favoritismo da campeã olímpica e mundial Noruega. Então, houve o apagão. De novo. Derrotada por 21 a 19 nas quartas de final, a seleção brasileira feminina está fora da disputa por medalhas nos Jogos Olímpicos de Londres.

Na semifinal, a Noruega enfrentará a vencedora do duelo entre Rússia e Coreia do Sul, prata e bronze nas Olimpíadas de Pequim, em 2008. O jogo será nesta segunda-feira, às 13h (de Brasília).

O Brasil começou avassalador no primeiro tempo. Alê passou por cima da barreira norueguesa como quem estava apenas treinando. No placar, 8 a 4 nos primeiros dez minutos. Bem posicionada na defesa, a seleção obrigou a adversária a arremessar perto da marca dos 9m. As bolas que foram direto para fora, principalmente vindas de Snorroeggen, e a boa atuação de Chana deram ainda mais segurança. A vantagem de quatro gols foi mantida durante quase todo o período inicial. No fim, as brasileiras abriram um pouco a marcação e permitiram contra-ataques, mas as equipes foram para o intervalo com 13 a 9.

Uma defesa de Chana e dois gols logo no início do segundo tempo mostravam que a seleção ia seguir um caminho tranquilo até a vitória. Então, o apagão. Com o placar em 15 a 9, o Brasil parou de novo, assim como fez no final do último jogo contra Angola. Foram quatro gols seguidos da Noruega.

O técnico Morten Soubak parou o jogo. Deu certo, Silvia quebrou o jejum de gols. No lance seguinte, porém, Alstad também balançou as redes. O clima ficou mais tenso em quadra. Quando o Brasil marcava de um lado, a Noruega logo respondia. A vantagem verde e amarela no placar não passava de dois gols.

Mais ansiosas em quadra, as brasileiras se anteciparam no ataque e erraram muitos arremessos. A diferença no marcador caiu para apenas um gol (18 a 17). Então, a sorte pareceu querer virar. Alstad cobrou um tiro de sete metros, e Chana defendeu. Duda fez nova falta e ganhou suspensão de dois minutos. Tiro de sete metros, e a bola de Johansen foi no travessão.

Mas o Brasil ainda não conseguia marcar. A goleira Grimsbo cresceu no jogo e ganhou status de vilã verde e amarela. Atrás, a defesa abriu, Snorroeggen empatou e Koren virou (19 a 18). O técnico da seleção parou o jogo novamente. Não deu certo. A defesa brasileira não se encontrou em quadra, e as campeãs mundiais não perdoaram: 21 a 19. Foi o adeus ao sonho olímpico do Brasil.

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