Os agentes de Polícia Federal paralisaram as atividades em todo o país desde o início da manhã desta terça-feira, dia 7, e em Alagoas a situação não é diferente. De acordo com o Sindicato dos Policiais Federais em Alagoas, há dois anos que a categoria vem negociando com o Governo Federal a reestruturação da carreira e, segundo eles, os servidores federais cansaram, uma vez que não podem esperar a vida inteira.
“É a melhor maneira do governo fazer negociação, desta forma eles definem data, prometem e não cumprem. O governo já foi oposição e entende muito bem esta política”, destacou o presidente do sindicato, Roberto Cavalcante, enfatizando que a categoria vem negociando com o Governo uma lei que especifique a função de cada servidor. “Hoje não há uma lei que diga o que um delegado faz ou um escrivão, ou seja, todo mundo é agente e faz a mesma função, ou não? Já que não tem uma lei que nos reconheça como carreira”, enfatizou.
Ainda segundo o sindicalista, apenas os agentes de polícia e os escrivães param as atividades, mantendo apenas os 30% dos agentes e os serviços básicos, previstos em lei. “É importante deixar bem claro que os delegados e peritos federais não aderiram à nossa paralisação, mas 30% dos agentes vão realizar os serviços essenciais”, disse.
Ainda nesta manhã os agentes entregaram as armas, segundo Cavalcante, com o objetivo de mostrar que a manifestação é pacífica. “É uma entrega simbólica, as armas são nossas, é nosso instrumento de trabalho, mas é para que não aconteça o que ocorreu no estado da Bahia, onde os policiais armados estavam na manifestação e ocorreu aquele juízo de valor”, enfatizou.
A categoria se reunirá na próxima sexta-feira (dia 10) para uma avaliação do movimento e decide se decreta greve por tempo indeterminado ou não. “É a única maneira dos servidores gerais, de todos os setores se manifestarem e é o que está ocorrendo. Vocês podem ver que somos a última categoria a entrar em paralisação, onde já entrou saúde, educação, justiça federal e outros segmentos, que ainda permanecem em greve, uma vez que só temos até o dia 31 de agosto para pressionar o governo, porque depois disso 2013 estará perdido e será mais um ano de greves e paralisações”, concluiu.