Semifinal do Vôlei de Praia
Um dia de muita chuva, vento forte e tempo frio, com os termômetros marcando 14º C, virou o pior pesadelo de Juliana e Larissa. As americanas Jennifer Kessy e April Ross surpreenderam as campeãs mundiais e venceram a semifinal, de virada, por 2 sets a 1 (15/21, 21/19 e 15/12), nesta terça-feira. Agora, elas tem uma difícil missão em busca da medalha de ouro. No outro confronto, as bicampeãs olímpicas Walsh e May derrotaram as chinesas Xue e Zhang por 2 sets a 0 (22/20 e 22/20) e vão medir forças com as compatriotas na decisão, nesta quarta-feira, às 17h (horário de Brasília). Na preliminar, as brasileiras enfrentam as asiáticas, às 15h, de olho no bronze.
– Começamos muito bem o jogo, estávamos levando a melhor no segundo set, cometemos erros, mas ainda conseguimos encostar. Temos que levantar a cabeça e vamos conquistar o bronze, não podemos acabar essa linda história – disse Juliana ao SporTV.
A companheira lamentou a derrota, mas disse que o sonho da medalha continua vivo.
– Elas jogaram melhor do que nós, erraram menos e foram felizes. Tentamos dar um nosso máximo, mas acontece. Queria agradecer a todos que torceram pela gente. Ainda não acabou – completou Larissa
As campeãs mundiais já enfrentaram 22 vezes Kessy e Ross, com 18 vitórias e quatro derrotas. As brasileiras venceram as últimas nove partidas e não perdiam desde 9 de maio de 2010.
O jogo
O time verde-amarelo jogou muito bem o primeiro set e não deu chances às rivais. Com boas defesas de Larissa, três pontos de saque e uma pontaria afiada no ataque, as brasileiras fizeram 16 a 12. No capricho, elas fizeram o dever de casa como manda o figurino e viraram as bolas de forma tranquila. Larissa instigava Juliana com conselhos e algumas “puxadas de orelha” em busca da perfeição e a dupla fechou parcial em 21 a 15, sem sustos.
Os Estados Unidos entraram com uma outra postura no segundo set, marcado pelo equilíbrio. No contra-ataque de Juliana, o Brasil abriu três pontos de vantagem (9 a 6) e ficou em uma situação confortável. Percebendo a inspiração de Larissa em todos os fundamentos, as americanas forçaram o saque em cima dela, mas a pressão não abalou a campeã mundial. Kessy e Ross não se intimidaram e empataram após um ace: 14 a 14. As brasileiras sofreram um apagão e viram as rivais crescerem na partida. Os Estados Unidos acertaram o tempo de bloqueio e não deixaram escapar oportunidades para ampliar: 17 a 15. A dupla canarinho ainda tentou forçar o saque, mas nada atrapalhava as americanas, que fizeram 21 a 19.
O tie-break começou muito disputado, com as duas duplas pontuando após a recepção de saque. Finalmente, o Brasil acertou um belo contra-ataque com uma pancada de Larissa e deixou tugo igual: 5 a 5. Larissa caiu de produção, teve dois erros de ataque seguidos e os Estados Unidos ficaram novamente na frente: 8 a 6. A situação ficou cada vez mais complicada, as brasileiras não conseguiam reverter a desvantagem. Após um belo rali, Juliana colocou a bola na areia, fez o 10º ponto, mas a companheira atacou para fora: 12 a 10. As americanas administraram a vantagem e ganharam o matchpoint: 14 a 11. Foi duro, Juliana e Larissa ainda resistiram, mas já era tarde demais e os Estados Unidos fecharam em 15 a 12.
