Cansadas de esperar uma posição do Instituto Nacional de Colonização de Reforma Agrária (Incra), as 27 famílias ligadas ao Movimento Terra Trabalho e Liberdade (MTL), que estavam acampadas na sede do Instituto há mais de dois meses, decidiram retornar à Praça Sinimbu, no Centro.
O retorno ao local onde passaram cerca de 15 meses acampados é uma forma de pressionar o órgão a transferir o grupo para uma área de assentamento onde possam organizar suas moradias.
Os sem-terra foram obrigados a deixar a Praça Sinimbu, no dia 31 de maio, e transferidos para três lotes de um assentamento, no município de Branquinha. No entanto, não puderam ficar no local em função dos conflitos pela posse das terras. O problema obrigou as famílias a retornarem para Maceió e ocupar a sede do Incra até que a situação fosse resolvida.
Durante esses dois meses em que estão vivendo no Incra, muitos problemas foram constatados, a exemplo da falta de recursos para adquirir alimentação e a falta de acesso à Saúde e Educação, sem contar a falta de estrutura. A situação também não era confortável para quem trabalha no órgão, que estava sendo obrigado a transitar entre os barracos de lona e bichos espalhados pelo prédio.
Nesta quinta-feira, 9, as famílias passaram o dia montando as barracas de lona na Praça Sinimbu, onde pretendem ficar até que a situação seja, definitivamente, resolvida. Enquanto isso, os sem-terra prometem radicalizar.
O Alagoas24Horas tentou falar com os representantes do MTL para saber de que forma pretendem radicalizar, mas não obteve êxito.