Onde tem Usain Bolt, tem vitória. Foi assim em Pequim 2008: três disputas, três ouros. E foi assim em Londres 2012: mais três disputas, mais três ouros. O fenômeno jamaicano ajudou seu país a ser novamente campeão nos 4x100m neste sábado. E a quebrar o recorde mundial: 36s84. A marca anterior era de 37s04, da própria Jamaica, em 2001.
Com isso, Bolt engordou seu currículo: é bicampeão olímpico no revezamento, nos 100m e nos 200m. A prata ficou com os Estados Unidos, com 37s04 (o antigo recorde mundial), e o bronze foi para Trinidad e Tobago, com 38s12. O quarteto do Canadá foi desclassificado por irregularidade em uma das passagens.
A vitória da Jamaica passou diretamente por Bolt. Nas três primeiras trocas de bastão, foi forte a disputa. Mas Yohan Blake, o terceiro dos jamaicanos, já deu sinais de vitória ao disparar contra Tyson Gay, dos Estados Unidos. A passagem dele para Bolt não foi das melhores – ele chegou a trocar a peça de mão no início de sua corrida. Mas o homem mais rápido do mundo teve tempo de sobra para garantir a vitória. Passou feito um raio por Ryan Bailey.
Os dois primeiros representantes jamaicanos foram Nesta Carter e Michael Frater. Eles duelaram com os americanos Trell Kimmons e Justin Gatlin.
Depois da prova, Bolt pediu o bastão ao árbitro como lembrança. O juiz não aceitou. E foi vaiado pelo público. Minutos depois, na área interna do estádio, um segundo fiscal entregou o cobiçado bastão ao velocista jamaicano, que em retribuição, lhe deu um autógrafo.
Bolt e seus colegas deram a habitual volta olímpica no estádio. Muito aplaudidos, rumaram até o placar onde estava sinalizado o recorde mundial. Antes de deixar o local, Bolt ainda deu um beijo na pista onde virou o principal nome do atletismo nos Jogos Olímpicos de Londres.