Esquiva sofre punição, não consegue revanche e fica com a prata no boxe

APAP

Ryota Murata entrou no ringue do Complexo Excel sorridente. E saiu da mesma maneira. Do outro lado, Esquiva Falcão. O brasileiro queria uma revanche contra o algoz do Mundial de 2011, mas não foi desta vez. Ele perdeu a decisão da medalha de ouro por apenas um ponto (14 a 13) e teve que se contentar com a prata nas Olimpíadas de Londres.

O sorteio das chaves favoreceu, e Esquiva descansou na primeira rodada. Com a vaga direta nas oitavas, o capixaba não tomou conhecimento de Soltan Migitinov na estreia. Ele venceu o atleta do Azerbaijão por 24 a 11 e garantiu presença nas quartas. No caminho para a medalha olímpica estava o húngaro Zoltan Harcsa. Nova vitória (14 a 10), a vaga na semi e, pelo menos, o bronze garantido. Mas Esquiva queria mais. Lutando contra a torcida local e contra Anthony Ogogo, ele ganhou a luta (16 a 9) e os britânicos, que se renderam a ele.

Guardas fechadas e cautela. A luta que definiu o campeão dos pesos-médios começou com os dois atleta se estudando muito. Enquanto o japonês tentava encurtar a distância, o brasileiro buscava atacar. Mas foi Murata que acertou um bom cruzado para abrir vantagem de dois pontos no primeiro round: 5 a 3.

Em desvantagem, Esquiva partiu para o ataque. O japonês fechou bem a guarda e evitou os golpes. O juiz chamou a atenção do brasileiro por abaixar a cabeça e agarrar o adversário. Mas o capixaba continuou a atacar e diminuiu na diferença no placar para um ponto: 5 a 4 no segundo assalto.

A decisão ficou para o terceiro e último round. Esquiva perdia a luta por um ponto, mas sofreu um golpe forte logo no início do período. Não veio do japonês, mas do juiz, que puniu o brasileiro por agarrar o rival. Dois pontos de graça para o vice-campeão mundial Murata. Esquiva precisava, então, tirar três pontos de vantagem. Ele correu atrás, encurralou o japonês nas cordas, mas só conseguiu fazer 5 a 5 no round final – o que não foi suficiente para a virada.

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