Médicos e enfermeiros são capacitados sobre coqueluche

Ascom/SesauMédicos e enfermeiros são capacitados sobre coqueluche

Médicos e enfermeiros são capacitados sobre coqueluche

Para esclarecer o diagnóstico, o tratamento e as atividades pertinentes à Vigilância Epidemiológica das Doenças Imunopreveníveis, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) iniciou nesta quarta-feira (15) a atualização de médicos e enfermeiros da Atenção Básica dos municípios alagoanos em doenças como coqueluche e a gripe H1N1. A capacitação acontece no auditório do hotel San Marino, na Ponta Verde, e prossegue até quinta-feira (16), das 8h às 17h.

Expressão que teve seu lugar no ramo da moda por ser extremamente contagiosa, a coqueluche é uma doença infecciosa aguda que volta a preocupar. O motivo – segundo o médico infectologista José Maria Constant – deve-se ao fato de que a primeira dose da vacina pentavalente é destinada a crianças de dois meses de idade e não tem resposta imediata. Entretanto, a maior incidência da doença acontece entre os recém-nascidos e crianças até o quarto mês de vida.

O infectologista explicou ainda que a vacina pode ser tomada apenas até os seis anos de idade e outro dado inquietante é a falta de imunidade, visto que a vacina imuniza somente por um período de cinco anos. Por isso, é necessário ficar atento ao sintoma mais evidente da coqueluche: a tosse quintosa e emetizante. A faixa etária preferencial da doença abrange desde os recém-nascidos a crianças com até cinco anos de idade, mas pode ainda se manifestar em adultos.

A transmissão direta acontece durante três semanas e a bactéria fica incubada no período de sete a 15 dias, apresentando sintomas como febre moderada, coriza e tosse seca de intensidade crescente. Com uma semana da doença, os sintomas aumentam com acessos violentos de tosse, guincho e vômitos. A fase de convalescença inicia com quatro semanas.

“Nesse período é inconfundível o diagnóstico da doença. Por essa razão, para toda tosse prolongada é preciso pensar na possibilidade de coqueluche, que causa complicações respiratórias, neurológicas e mecânicas”, explicou o José Maria Constant.

De acordo com a superintendente de Vigilância em Saúde, Sandra Canuto, a vigilância estadual tem funcionado. “Mobilizamos e damos suporte aos municípios para a detecção dos casos. Mas, mediante os surtos de coqueluche em 2010 e 2011, nos municípios de Santana do Mundaú e Jaramataia, a apreensão com a doença está nos procedimentos realizados no diagnóstico”, explicou, informando que, em todos os pacientes notificados, são coletados exames no Laboratório Central (Lacen).

A gerente de Núcleo de Doenças Imunopreveníveis da Sesau, Claudeane Nascimento, informou que, em 2012, até o dia 22 de julho, já foram confirmados 16 casos isolados de coqueluche em Coqueiro Seco, Tanque d’Arca, Teotônio Vilela, Quebrangulo e Marechal Deodoro. Nesse mesmo período de 2011, o Estado confirmou 26 casos.

Quanto ao diagnóstico, José Maria Constant pontuou que é obrigação do profissional da Saúde perguntar. "Não podemos esperar o paciente falar, temos que cumprir com o nosso papel, a partir do diagnóstico clínico, laboratorial e diferencial, sempre considerando outras causas da tosse e realizando o leucograma", esclareceu.

Programação – As doenças em maior evidência no Estado foram mais bem trabalhadas durante a capacitação. O médico infectologista José Maria Constant abordou sobre a coqueluche e a gripe H1N1; a médica infectologista Adriana Ávila falou sobre meningites e doenças exantemáticas; a gerente Claudeane Nascimento explicou sobre o papel da vigilância epidemiológica acerca da gripe H1N1 e meningites.

A técnica da Sesau, Laudiceia Vieira, abordou sobre doenças exantemáticas; o técnico José Wesley Feitosa explicou a ação da vigilância epidemiológica da coqueluche; e a coordenadora estadual do Programa Nacional de Imunização, Denise Castro, explanou sobre a cobertura vacinal no Estado.

Municípios

Nesta quarta-feira (15), a atualização foi destinada aos profissionais dos municípios de Colônia Leopoldina, Minador do Negrão, Cacimbinhas, Santana do Mundaú, Branquinha, Chã Preta, Mar Vermelho, Maribondo, Igaci, Estrela de Alagoas, Quebrangulo, Paulo Jacinto, Viçosa, Cajueiro, Capela, Pindoba, Atalaia, Tanque d’Arca, Palmeira dos Índios, Arapiraca, Limoeiro de Anadia, Taquarana, Coité do Nóia, Girau do Ponciano, Craíbas e Traipú.

Na quinta-feira (16), a capacitação é voltada para médicos e enfermeiros de Jacaré dos Homens, Canapi, Ouro Branco, Maravilha, Poço das Trincheiras, Santana do Ipanema, Dois Riachos, Senador Rui Palmeira, Carneiros, Olivença, Olho d’Água das Flores, Monteirópolis, São José da Tapera, Pão de Açúcar, Palestina, Mata Grande, Inhapi, Pariconha, Água Branca, Delmiro Gouveia, Olho d’Água do Casado, Piranhas, Major Isidoro, Jaramataia, Batalha e Belo Monte.

Imunização

As vacinas contra as doenças exantemáticas, meningite e a coqueluche fazem parte do calendário básico vacinal, mas a imunização contra meningite é destinada apenas a crianças de três meses a menores de dois anos. Já a vacina contra a gripe H1N1 é oferecida por meio de campanha anual. Quanto à varicela, o Estado realiza bloqueio vacinal para ofertar a vacina em localidades específicas que estejam em surto. A vacina contra a catapora é disponibilizada apenas no Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) e não faz parte do calendário básico vacinal.

Fonte: Ascom/Sesau

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