Caso Erick Ferraz: acusado confessa crime e inocenta irmão

Priscylla Régia/Alagoas24Horas

Judarley Leite de Oliveira confessou ter matado o modelo Erick Ferraz

Em entrevista à imprensa, na tarde desta quarta-feira, 22, Judarley Leite de Oliveira, de 24 anos, acusado de matar a tiros o modelo Erick Ferraz, 24, durante uma festa de réveillon, em Viçosa, contou sua versão para o caso. Ele foi apresentado pelos delegados Paulo Cerqueira, Belmiro Cavalcante e Sheyla Carvalho, na sede da Polícia Civil, em Jacarecica.

Na ocasião, Judarley Leite negou ter assediado a namorada do modelo, o motivo da briga que teria resultado na morte de Erick Ferraz. “Ele [Erick] chegou de forma violenta dizendo que eu tinha dado em cima da namorada dele. Em meio à confusão, alguém disse ‘está armado’. Eu entendi que era ele quem estava armado e atirei”, contou o acusado, ao tentar justificar o crime.

Judarley inocentou seu irmão, o policial civil Jaysley de Oliveira, que foi preso por determinação da Justiça no dia 3 de janeiro deste ano, acusado de participação no crime. Até pouco tempo a polícia investigava se a arma utilizada no crime pertencia ao policial. Na entrevista, Judarley afirmou ser o proprietário da arma usada para matar o modelo, uma pistola 380, que começou a usar desde que teve problemas com um tio e foi acusado de tentar matá-lo.

Ainda segundo o acusado, sua pistola teria sido perdida durante a sua fuga. “Meu irmão possui uma arma porque é policial, mas ele não atirou, não tem nada a ver com o caso”, revelou.

O acusado mostrou tranquilidade durante toda a entrevista e fez questão de enfatizar o quanto está arrependido pelo crime. “Tenho passado momentos muito difíceis, mas sei que não se compara ao que a família está passando. Estou arrependido pelo que fiz”, disse, acrescentando: “estão fazendo de mim um monstro”.

Judarley vai responder por homicídio e posse irregular de arma de fogo.

Prisão

Judarley Leite de Oliveira, de 24 anos , foi preso ontem, após investigação do serviço de inteligência da Polícia Civil, em parceria com o delegado Belmiro Amorim. O acusado estava na casa de uma tia, no bairro Brasília, em Garanhuns (PE).

O acusado é filho de um ex-vereador da cidade de Viçosa e teria matado Erick Ferraz por motivo fútil, após o jovem questioná-lo sobre o assédio à sua namorada. O modelo, que residia em Marechal Deodoro, foi morto em plena praça pública, desde então Judarley é considerado foragido da Justiça.

O crime provocou comoção pública. O pai do modelo Erick Ferraz, Edglemes dos Santos, chegou a se acorrentar a uma pedra pedindo a condenação dos acusados. A família ainda foi penalizada com a exumação do cadáver, após o jovem ter sido enterrado com os projéteis no corpo.