Atlético-MG X Ponte Preta
O Atlético-MG teve maior posse de bola, o apoio da torcida, mas não conseguiu conter a Ponte Preta na noite desta quarta-feira, no estádio Independência. Com um gol de Danilinho, aos 15 minutos do segundo tempo, parecia que a partida teria contornos de mais uma goleada alvinegra. Mas o Galo acabou surpreendido duas vezes pelo lateral Cicinho e saiu insatisfeito com o empate de 2 a 2. Guilherme marcou o segundo dos mandantes.
Nem o apoio das arquibancadas, muito menos o talento de Ronaldinho Gaúcho, apagaram a estrela de Cicinho, que insistiu em brilhar diante de mais de 18 mil torcedores atleticanos. Para a Ponte, o resultado somou apenas um ponto na tabela, mas teve mesmo um gosto de vitória.
– Voltamos melhor no segundo tempo. A gente poderia ter vencido. Mas para quem joga com o líder, esse ponto foi importante – disse Marcinho.
Para os jogadores do Galo, entretanto, o placar teve sabor amargo.
– Não fizemos um grande jogo. Mas é ter equilíbrio, estamos na ponta da tabela ainda. Um resultado que não estava nos nossos planos. Respeitamos a Ponte, mas era a nossa casa. Temos que continuar fazendo nosso trabalho – disse Junior Cesar. Na próxima rodada, o Galo vai a São Paulo, onde encara o Corinthians, no domingo, às 16h (de Brasília), no Pacaembu. Já a Ponte Preta recebe o Atlético-GO, às 18h30, no Moisés Lucarelli, em Campinas.
Com a sorte ao lado
O gol logo nos primeiros 15 minutos teve uma pitada de sorte para os donos da casa. Danilinho recebeu de Ronaldinho na entrada da área e chutou em cima do zagueiro, mas o desvio da bola ‘matou’ Edson Bastos.
Depois da assistência para Danilinho, R49 levou a torcida ao delírio com um domínio de bola na linha de fundo após lançamento de Escudero. Com a vantagem no placar, os comandados de Cuca passaram a atuar com mais tranquilidade e as jogadas passaram a sair com mais frequência.
O Galo abusou da paciência e a Ponte, que não tinha nada a ver com isso, desceu com velocidade e empatou com Cicinho, que recebeu de Marcinho e chutou cruzado. Victor ainda tocou na bola, que morreu no fundo das redes.
O placar da primeira etapa acabou fazendo justiça à proposta da Macaca, que ficou no contra-ataque e soube aproveitar falha da marcação alvinegra para deixar tudo igual.
Brilha a estrela de Cicinho
Com o empate, o técnico Cuca colocou o time para frente. Trocou o volante Serginho, que não vinha bem, pelo meia Guilherme. E Cuca acertou. Foi Guilherme quem colocou o Galo novamente na frente ao completar cruzamento de Marcos Rocha.
Ronaldinho era o maestro do time. Orientando o posicionamento de Danilinho ou de Marcos Rocha, R49 também era fundamental nas invertidas de jogadas com lançamentos precisos. Passes de calcanhar e até embaixadinhas fizeram parte do repertório do craque alvinegro. Até troca de xingamentos com o volante Baraka o meia atleticano proporcionou.
Gilson Kleina trocou Rildo por Renê Júnior, Luan na vaga de Ricardinho e o atacante André Luis no lugar do zagueiro Tiago Alves. Cuca colocou o talismã Neto Berola no lugar de Escudero e o estreante Leonardo na vaga de Jô.
O jogo passou a ter ares dramáticos para o líder da competição. A Ponte Preta foi com tudo para o ataque e, apesar de ter mais posse de bola, o Galo não conseguia manter o domínio no ataque.
Mas da mesma forma que o Galo abriu o placar, a Ponte conseguiu o empate. Cicinho, que havia feito o primeiro, tomou a sorte do líder e chutou da entrada da área, a bola desviou na zaga alvinegra e enganou Victor. Enquanto o Galo tinha pressa para buscar os três pontos, a Macaca estava tranquila com o resultado. A Ponte ainda perdeu Uendel aos 48 minutos, mas conseguiu, na base da raça, segurar a igualdade.
