Cruzeiro leva poucos sustos, aproveita chances e afunda o Dragão

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Parecia mais um campo neutro, já que nesta quarta-feira o Serra Dourada recebeu 2.675 torcedores, divididos entre atleticanos e cruzeirenses. Contra um adversário pressionado, o Cruzeiro se sentiu à vontade e venceu com certa facilidade, por 2 a 0, gols de Borges, na etapa inicial, e Wellington Paulista, de pênalti, no segundo tempo. O Atlético-GO até que teve mais posse de bola e poderia ter endurecido o jogo, mas Márcio bateu para fora uma penalidade máxima quando a partida ainda estava 1 a 0 para o rival.

Para o atacante Ricardo Bueno, o primeiro jogo do returno foi um dos piores do Atlético-GO, que não perdia há cinco rodadas.- Pior jogo. Vacilamos, principalmente no 1º tempo. Temos que continuar, porque é apenas o primeiro jogo do returno.

Já o goleiro Fábio comemorou a vitória fora de casa.

– A gente pensa jogo a jogo, o importante é lutar. A gente precisava desta vitória para começar bem o returno. Foi uma bela vitória.

Com o resultado, o Cruzeiro volta a sonhar com uma das vagas para a Libertadores de 2013. O time vem em sexto lugar com 31 pontos, quatro atrás do quarto colocado, o Vasco. Além da matemática, o que empolga a torcida é a evolução no futebol da equipe, que se mostra firme na defesa e com velocidade no contragolpe. Os goianos se complicam ainda mais, já que permanecem com 16 pontos, na 18ª posição, e podem cair uma posição se o Sport pontuar contra o Flamengo nesta quinta, às 21h, em Volta Redonda (RJ).
O Atlético-GO volta a campo neste domingo. O time viaja até Campinas, onde encara a Ponte Preta, às 18h30m (de Brasília). O Cruzeiro, no mesmo dia e horário, recebe o Náutico, no Independência.

Um gol feito, outro perdido

Mesmo com o time mantendo certa regularidade, já que não perdia há cinco rodadas, a torcida do Atlético-GO compareceu em pequeno número ao estádio Serra Dourada. Desta forma, a torcida do Cruzeiro igualou forças. Em campo, o time da casa até ficava mais com a bola no pé, tentando girar a bola com o meia Wesley, mas sem conseguir acionar os atacantes Patrick e Ricardo Bueno. Os dois, por sinal, não viviam noite feliz, já que, quando a bola chegava, a jogada não tinha sequência.

Pelo lado cruzeirense, os desfalques continuam sendo o drama. Sem conseguir repetir a escalação, Celso Roth resolveu fazer uma mudança a mais, já que sacou da equipe o jovem Lucas Silva para armar o meio-campo com Sandro Silva protegendo mais a defesa, e com Charles e Tinga dando mais apoio a Montillo. E foi numa chegada de Tinga que apareceu a primeira boa oportunidade do Cruzeiro. Ele foi ao fundo e cruzou para trás para Wallyson finalizar com pouco ângulo. Márcio fez a defesa.
Com a criação no meio comprometida, o Dragão buscava apoio, sobretudo com os laterais – Eron pela esquerda e Diogo Campos pela direita – mas sem levar perigo ao gol de Fábio.

Os mineiros, melhores em campo, conseguiram abrir o marcador aos 26 minutos. Montillo bateu mal um escanteio da direita. Léo chegou primeiro que Marino e Rênie, desviando com o pé direito. Na pequena área, Borges dominou, girou e fuzilou Márcio, que nada pôde fazer: 1 a 0.

Quando o placar do primeiro tempo parecia definido, já que o Dragão não conseguia assustar, Marino deu ótima enfiada de bola para Eron nas costas da defesa. O lateral chegou primeiro na bola, mas foi derrubado por Wallyson dentro da área. Pênalti e cartão amarelo para o atacante. Na cobrança, o goleiro Márcio tentou acertar o canto direito baixo de Fábio, mas mandou para fora, levando ao delírio a torcida cruzeirense presente ao Serra Dourada.

WP9 entra para marcar

Do intervalo, o Atlético-GO voltou com duas mudanças. Entrou o zagueiro Diego Giaretta no lugar de Rênie, que havia sentido a coxa direita ainda na primeira etapa, e também Joílson na vaga de Marino, no intuito de dar mais qualidade ao passe final da equipe.

O Dragão começou pressionando o adversário. Com mais posse de bola, o time acuava o Cruzeiro, que praticamente adotou o esquema 3-5-2, já que Léo, improvisado na direita, pouco subia, enquanto Wallyson fechava o setor como um verdadeiro lateral, ajudando muito na marcação.

Se já tinha apenas Montillo e Borges mais adiantados, a torcida viu com temor quando o meia argentino teve de ser substituído logo aos oito minutos por sentir um desconforto na coxa. Ele saiu para a entrada de Souza.

Sem o principal jogador, o Cruzeiro se fechou ainda mais e quase sofreu o empate antes dos 15. Diogo Campos deu bom lançamento para Wesley, dentro da área, mas o camisa 10 perdeu o tempo de bola e viu Fábio sair bem para evitar o empate. O erro foi a senha para que a torcida da casa começasse a vaiar a equipe, principalmente o meia que perdeu ótima chance.

Isolado no ataque, Borges acabou substituído por Wellington Paulista. Em sua primeira jogada, ele deu passe para Tinga. Sozinho, o meia partiu para cima da defesa e acabou derrubado por Dodó dentro da área. Pênalti que Paulista bateu com tranquilidade.

Desordenado, o Dragão passou a dar espaços na defesa, e após linda jogada de Wellington Paulista e Souza, Wallyson quase fez o terceiro, mas Márcio conseguiu abafar na hora do arremate. No desespero, o time continuou a pressionar o Cruzeiro, mas não foi feliz na hora de marcar. Fim da série de cinco jogos sem perder e triunfo azul longe de Minas.

Fonte: Globo.com

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