A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e o Serviço de Proteção ao Crédito (CNDL/SPC Brasil) avaliam que a redução da taxa básica de juros (Selic) de 8% para um piso histórico de 7,5%, juntamente com a prorrogação da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) são medidas positivas para o varejo e devem renovar o fôlego da economia brasileira no último trimestre de 2012.
Na avaliação da CNDL, o processo de afrouxamento monetário, iniciado há um ano, é a única maneira de o governo estimular a atividade econômica como um todo, uma vez que atinge positiva e indiscriminadamente todos os setores da economia brasileira. ”Essa política deve vir acompanhada de medidas de desoneração tributária e de expansão do crédito”, afirma Pellizzaro Jr.
Pellizzaro Jr. explica que o crescimento exclusivo nos setores de automóveis, móveis e de eletrodomésticos não é suficiente para alavancar a economia brasileira. “As autoridades da área econômica devem propor medidas mais amplas, que atinjam e aqueçam a economia brasileira como um todo”, pondera o representante lojista.
Já a aceleração da inflação e os sinais de melhora da economia brasileira passam a alimentar debates sobre o futuro da campanha de afrouxamento promovida pelo Banco Central. Na avaliação da CNDL, a expectativa é que a Selic sofra um novo corte de 0,25% e encerre o ano em um patamar menor que o atual. “É preciso ter parcimônia na edição da taxa básica de juros. Com a economia mais aquecida, a procura por produtos e serviços cresce e existe uma dificuldade natural da indústria e do comércio em atender as demandas no mesmo ritmo do aumento da procura”, avalia Pellizzaro Jr.