Morte de primo do Bruno foi crime passional

GooglePolícia descarta relação de morte de Sérgio Sales com caso Eliza Samudio

Polícia descarta relação de morte de Sérgio Sales com caso Eliza Samudio

A assessoria da Polícia Civil descartou que o assassinato de Sérgio Rosa Sales esteja relacionado ao caso Eliza Samudio. Ele era réu no processo, junto com o primo, o goleiro Bruno Fernandes, e mais seis pessoas, e foi executado com seis tiros no dia 22 de agosto, no bairro Minaslândia, na Região Norte da capital. Segundo a polícia, a morte teria motivação passional. O envolvimento de policiais na execução também está descartado, de acordo com a corporação.

Sérgio Sales era considerado testemunha-chave no processo sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio. A jovem, ex-namorada do goleiro, foi morta, segundo a polícia, em junho de 2010. O corpo dela nunca foi encontrado.

A Polícia Civil também negou que suspeitos da morte de Sales tenham sido presos. No dia 24 de agosto, sete pessoas foram detidas em uma operação da Polícia Militar contra o tráfico de drogas. Na ocasião, havia a suspeita de que os envolvidos na execução de Sales estivessem neste grupo.

A corporação, no entanto, afirmou já conhecer o autor, ou os autores, do crime. O assassinato passou a ser investigado pela Corregedoria da Polícia Civil, por causa de denúncias de que ele teria recebido ameaças de policiais.

Na noite desta segunda-feira (3), um homem deixou a sede da Corregedoria, no centro de Belo Horizonte, de cabeça baia e com o rosto encoberto. Ele não respondeu a nenhuma pergunta dos jornalistas e entrou em um carro da polícia. A assessoria da corporação não esclareceu quem ele é e nem se prestou depoimento. O destino dele também não foi revelado.

Caso Eliza Samudio
O goleiro Bruno Fernandes e mais sete réus foram pronunciados a júri popular no processo sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio, ex-namorada do jogador. Para a polícia, Eliza foi morta em junho de 2010 na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e o corpo nunca foi encontrado.

Após um relacionamento com o goleiro Bruno, Eliza deu à luz um menino em fevereiro de 2010. Ela alegava que o atleta era o pai da criança. Atualmente, o menino mora com a mãe da jovem, em Mato Grosso do Sul.

O goleiro e o amigo Luiz Henrique Romão vão a júri popular por sequestro e cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. A Justiça havia atribuído as mesmas acusações a Sérgio Rosa Sales, mas ele respondia o processo em liberdade desde 2008. Já o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos também está preso e vai responder no júri popular por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.

Na fase de inquérito sobre o desaparecimento e morte de Eliza, Sales e outro primo do goleiro Bruno – Jorge Luiz Rosa, 19 anos – contribuíram com informações à polícia. Segundo a investigação, eles estiveram com Eliza no sítio do jogador, em Esmeraldas (MG). Atualmente, Rosa cumpre medida socioeducativa, pois foi apreendido quando ainda era adolescente.
Dayanne Rodrigues, ex-mulher do goleiro; Wemerson Marques, amigo do jogador, e Elenílson Vítor Silva, caseiro do sítio em Esmeraldas, respondem pelo sequestro e cárcere privado do filho de Bruno. Já Fernanda Gomes de Castro, outra ex-namorada do jogador, responde por sequestro e cárcere privado de Eliza e do filho dela. Eles foram soltos em dezembro de 2010 e respondem ao processo em liberdade. Flávio Caetano Araújo, que chegou a ser indiciado, foi inocentado.

Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), não há previsão de data para o julgamento do caso Eliza Samudio.

Fonte: G1

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