Usuários e fornecedores de anabolizantes são investigados pela PC

Alagoas24horasUsuários e fornecedores de anabolizantes são investigados pela PC

Usuários e fornecedores de anabolizantes são investigados pela PC

A prisão de um casal acusado de revender ilegalmente anabolizantes em Maceió levou a polícia a um grande número de usuários da droga de diversas classes sociais na capital alagoana. Entre os usuários, um agente penitenciário, um integrante do Corpo de Bombeiros e um engenheiro. Eles chegaram a ser detidos durante operação policial na noite de ontem, dia 11.

Em entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira, dia 12, o delegado de Repressão ao Narcotráfico, Jobson Cabral, apresentou o casal acusado de fornecer e aplicar anabolizantes em centenas de pessoas em Maceió.

Segundo a Polícia Civil, Luania Nunes da Silva, 35 anos, e José Alberto Santos Barbosa, 53, foram presos na residência do casal, localizado na Rua Camaragibe, no bairro de Ouro Preto. No local, a polícia apreendeu diversas caixas de anabolizantes de variadas marcas, entre eles 273 frascos de Potenay, além de material para aplicação do produto, como mais de 400 seringas e agulhas.

Ainda na casa, a polícia apreendeu cadernos com anotações sobre a movimentação financeira do ‘negócio’ e nomes e contatos de ‘clientes’ da dupla. A polícia investiga a rede de comercialização e consumo de anabolizantes em Maceió. “A operação continua e ainda hoje deveremos ter mais novidades sobre o tráfico de anabolizantes”, explicou Cabral.

O casal, que agia no ramo há mais de quatro anos, movimentava mais de R$ 500,00 por dia com o comércio de anabolizantes, chegando a ser registrado até R$ 992,00 num só dia – dados que constam num dos cadernos apreendidos.

A ‘cartela de clientes’ de Luania e José Alberto também está sendo investigada pela PC devido a grande movimentação na casa do casal. “No período de 30 de agosto a 10 de setembro, 279 pessoas passaram pelo local para comprar o material”, explicou o delegado.

As investigações sobre o ilícito iniciaram há 20 dias, quando a Polícia Civil recebeu a denúncia de moradores do Ouro Preto através do Disque Denúncia. Após diversas campanas no bairro, um policial disfarçado se passou por cliente e prendeu o casal em flagrante delito. No momento da abordagem, Luania estaria aplicando o produto em uma pessoa.

Um agente penitenciário e um engenheiro da uma empresa prestadora de serviços de limpeza também foram detidos pela polícia durante a operação. Contra o militar e o agente penitenciário foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência por usuário de entorpecente e omissão de crime, uma vez que se trata de um agente de segurança. "Os agentes de segurança deverão responder penal e administrativamente, pois como agentes eles não poderiam omitir este tipo de crime", completou Jobson Cabral.

O delegado informou que o casal irá responder por crime de falsificação e comercialização de produtos médicos de uso restrito. Se condenados, os acusados podem cumprir pena de dez a 15 anos de prisão.

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