Três dias após assassinar brutalmente a ex-mulher, José Ailton dos Santos, 47 anos, foi preso escondido na casa de um irmão, no Povoado Gerais, na cidade de Teotônio Vilela. Ele se disse arrependido e afirmou que matou a ex-mulher porque teria descoberto que estava sendo traído pela professora Lourdes Maria Ferreira dos Santos, 44.
José Ailton foi preso na noite de ontem, dia 2, por agentes da Delegacia Regional de São Miguel dos Campos. Segundo a polícia, ele pretendia fugir para o estado de Minas Gerais, onde também teria parentes.
A versão do acusado para o crime não coincide com as informações repassadas pela filha do casal. A jovem, no dia do crime, afirmou que o pai se recusava a aceitar o pedido de separação de Lourdes Maria. Após assassinar a ex-mulher, Ailton chegou a ligar para a filha confessando o crime.
A professora Lourdes Maria foi morta dentro de um dos quartos da casa onde morava, na cidade de São Miguel dos Campos, com vários golpes de foice. A vítima foi atingida na face e no tórax, ainda teve o rosto esfacelado e o braço direito arrancado.
Na delegacia, o acusado alegou que assassinou a professora porque teria descoberto que estava sendo traído. Diferente das informações repassadas por parentes de Lourdes, Ailton disse que teria reatado o relacionamento com a ex após cinco anos de separação.
“Resolvi voltar, mas sempre conversei com ela sobre outro relacionamento que ela teve recentemente. Ela dizia que não queria mais nada com o ex, até cheguei a acreditar, mas depois descobri que ela estava me traindo e se encontrando com o outro novamente”, disse o acusado em entrevista ao portal AlagoasWeb.
Questionado sobre a forma brutal como assassinou a professora, José Ailton alegou não se lembrar do momento do crime. “Não me lembro de nada, só sei que matei… Estou arrependimento, mas agora não há mais nada o que fazer, é pagar pelo crime”, destacou.
José Ailton está preso na Delegacia Regional e será ouvido na manhã desta quarta, dia 3, pelo delegado Nilson Alcântara. O acusado deverá, ainda hoje, ser transferido para a Casa de Custódia da Polícia Civil, em Maceió.