Atingindo mais de 400 alagoanas por ano, o câncer de mama representa um grave problema de saúde pública, já que pode levar à morte e deixar as vítimas mutiladas. Para chamar a atenção das mulheres sobre a importância de realizar o autoexame, além da mamografia, que detecta a doença precocemente, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) está promovendo o Outubro Rosa, que representa um movimento realizado em todo o mundo.
Em Alagoas, o Memorial Teotonio Vilela foi iluminado com cor rosa, que é símbolo da campanha e diversas ações devem ser realizadas pelas Secretarias Municipais de Saúde. A primeira aconteceu na última segunda-feira (1º), em São Miguel dos Campos, quando ocorreu uma caminha pelas principais ruas do Centro. Já no dia 21 deste mês, irá ocorrer uma panfletagem na Orla de Maceió.
Este ano, o Outubro Rosa quer sensibilizar as mulheres sobre a importância de realizar o diagnóstico precoce. Isso porque, segundo a diretora de Atenção Especializada e Programas Estratégicos da Sesau, Lisiane Torres, quando mais cedo o câncer de mama for descoberto, maiores são as chances de cura.
“Temos que investir no diagnóstico precoce. E o Outubro Rosa tem o objetivo de alertar a população sobre este problema. Não queremos que as mulheres percam suas vidas em razão do câncer de mama, que pode ser curado quando detectado no seu início”, destacou Lisiane Torres, ao ressaltar que, este ano foi realizado um mutirão para a reconstituição das mamas em mulheres vítimas da doença em Alagoas.
Vítimas da doença – De acordo com o técnico da Sesau e oncologista, João Aderbal, um terço das mulheres alagoanas que apresentam o câncer de mama evoluem para óbito. “A mamografia é o único exame capaz de rastrear e diagnosticar o câncer de mama, sendo indicada para mulheres que estão na faixa etária dos 50 aos 69 anos, onde existe o maior índice da doença”.
Mas nos estágios um e dois da doença, a chance de cura é de 95%, segundo estudo do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Em relação aos homens, que também podem ser acometidos pela doença, ainda que seja raramente, não há uma idade com maior probabilidade de desenvolver a doença. Por isso, o oncologista da Sesau alerta que todos devem ficar atentos, visando realizar o autoexame.
“Para realizá-lo, as mulheres devem solicitar na Atenção Básica, já que existe um programa voltado para esta finalidade. E para monitorar a incidência da doença em todo o Brasil, o Ministério da Saúde (MS) criou Sistema de Informação do Controle do Câncer de Mama (SISMAMA), que permite o rastreamento e avaliação rápida de todos os casos”, informou.
Fatores de risco – Ainda de acordo com João Aderbal, existem diversos fatores de risco que levam as mulheres a desenvolver o câncer de mama. Entre os principais estão “a idade superior a 50 anos, histórico familiar, o fato de não ter filhos, dieta risca em gorduras, obesidade e estresse”, informou.