O ex-jogador de futebol Paulo Sérgio Rosa, conhecido como Viola, negou ter arma irregular em sua casa quando deixava a delegacia de Santana de Parnaíba, na Grande São Paulo, para fazer um exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal (IML) de Osasco, na manhã deste sábado (6). Ele foi detido na noite de sexta-feira (5) por suspeita de desobediência a uma ordem judicial, por ameaça contra a mulher e por posse de munição e acessório de uso restrito.
“Não vou falar mais nada agora. Tudo está sendo investigado. Depois eu vou falar a verdade”, disse o jogador de 43 anos. A Polícia Civil informou que, depois do exame, Viola foi levado para a Cadeia Pública de Carapicuíba.
O G1 não conseguiu localizar o advogado do ex-jogador.
Segundo o delegado Ronald Nascimento, a Justiça expediu um mandado para permitir que a mulher do ex-jogador deixasse a residência com seus pertences e na companhia do filho do casal de 5 anos. No momento em que o oficial de Justiça, que estava acompanhado de policiais militares, chegou à casa para cumprir a determinação, Viola recusou-se a recebê-lo.
O delegado foi chamado e esteve no condomínio onde o ex-jogador do Corinthians mora. Diante da resistência, foi determinada a entrada dos policiais na residência, onde foram encontrados um silenciador de uso restrito e munições para armas de dois calibres. Uma pistola 380 também foi localizada, mas ela estava regular. “Ela [a arma] está legalizada”, disse Nascimento.
Segundo informações do SPTV, em 2006, o ex-jogador já tinha tido sido preso porque a polícia encontrou uma espingarda calibre 12 e munição dentro do carro dele. Viola ficou 65 horas detido antes de ser liberado.
O delegado explicou que, de acordo com a legislação em vigor, a autoridade policial não pode arbitrar uma fiança, porque a soma das penas dos delitos praticados pelo suspeito supera quatro anos de prisão. Nesses casos, ele deve ficar detido enquanto aguarda uma decisão da Justiça.
Desde a última terça-feira (2), até 48 horas após o encerramento das eleições, nenhum eleitor pode ser detido ou preso, exceto em casos de flagrante ou mediante sentença condenatória.