FMI alerta Brasil e demais emergentes sobre crise europeia

Fundo fez, ainda, outra ressalva em relação à economia brasileira: é preciso estar atento aos riscos da expansão do crédito

Kazuhiro Nogi/AFPA diretora do FMI, Christine Largade, e o presidente do Banco Mundial, Jim Yong

A diretora do FMI, Christine Largade, e o presidente do Banco Mundial, Jim Yong

O Fundo Monetário Internacional (FMI) advertiu nesta quarta-feira os países emergentes – entre os quais se inclui o Brasil – para um provável agravamento da crise europeia, o que teria consequências para o restante do mundo. "Os mercados asiáticos e latino-americanos sofrem um impacto menor dos choques procedentes da Europa, mas não são imunes", explicou José Viñals, diretor para temas financeiros do FMI, ao apresentar o relatório anual de estabilidade financeira.

O documento confirma que os principais riscos para a economia financeira persistem na Eurozona e que os principais bancos da região poderiam registrar uma contração de seu valor de até 2,8 trilhões de dólares até o fim de 2013. "A mensagem é: permaneçam atentos e aumentem ou preservem a margem de manobra quando possível", recomendou Viñals aos países emergentes.

O FMI destaca que países como Brasil e Índia estão entrando em um ciclo de crédito bancário com maiores riscos, por causa da expansão dos últimos anos. "O crédito bancário se expandiu a uma taxa média de 15% nos últimos cinco anos na Ásia e América Latina, com um crescimento particularmente alto no Brasil, China, Hong Kong, Cingapura e Vietnã", destaca o relatório.

Nas principais cidades brasileiras, os imóveis registraram uma valorização de até 100% desde 2007. Paralelamente, o índice de inadimplência nos bancos brasileiros ficou em 7,8% do total da carteira de empréstimos em junho, adverte o texto.

Fonte: Veja

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